Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
randomizados para o uso <strong>de</strong> botas com pressão <strong>de</strong> 20 mmhg ou sem compressão durante os 2 teste. O TI é realizado em duas<br />
etapas (com e sem infusão <strong>de</strong> isoproterenol) Resultado: A coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos está em an<strong>da</strong>mento. Conclusão: O resultado do trabalho<br />
comprovando ou não o benefício <strong>da</strong> compressão venosa dos membros inferiores em diminuir o número <strong>de</strong> respostas positivas no<br />
TI terá uma vali<strong>da</strong><strong>de</strong> externa muito relevante no que apoiando ou refutando o uso <strong>de</strong> ME nos pacientes portadores <strong>de</strong> SN.<br />
DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE MODELO DE EXERCÍCIO EM CAMUNDONGOS<br />
DENIS MARTINEZ; PAULO RICARDO OPPERMANN THOMÉ; DANTON PEREIRA DA SILVA JR.; PAULO ROBERTO<br />
STEFANI SANCHES; JEFFERSON FIGUERÓ FEIJÓ; ANDRÉ FROTTA MULLER; MARCOS EUGENIO SOARES<br />
DUARTE; ROSELI DE OLIVEIRA MOLLERKE<br />
Introdução: A síndrome <strong>da</strong>s apnéias obstrutivas do sono (SAOS) reduz a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exercício dos pacientes tanto por fadiga<br />
como pelo aumento <strong>da</strong> pressão arterial. SAOS causa menor resposta <strong>da</strong> freqüência cardíaca ao exercício e reduz a fração <strong>de</strong> ejeção<br />
em humanos e em animais. Além disso, o tratamento <strong>da</strong> SAHOS melhora a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exercício. Vários fatores, como<br />
obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>, tornam difícil estu<strong>da</strong>r em humanos o efeito <strong>da</strong> SAOS sobre a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> exercício. Objetivo: Estabelecer e vali<strong>da</strong>r<br />
mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> exercício para investigar fatores que afetam o interesse por exercício. Métodos: Fase 1 - Ca<strong>da</strong> camundongo,<br />
individualmente, foi transferido para a gaiola com ro<strong>da</strong> <strong>de</strong> exercício on<strong>de</strong> se registrou sua ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo contador <strong>de</strong> voltas, por<br />
dois a três dias, para estabelecer a variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> noite para noite e interindividual do interesse pela ro<strong>da</strong>. Depois, foram<br />
introduzidos, um a um, mais animais na gaiola para se verificar o aumento <strong>de</strong> voltas por noite até atingir 4 animais por gaiola.<br />
Fase 2 – Um grupo recebeu diazepam (D) e o outro mazindol (M) para testar se se<strong>da</strong>tivo ou estimulante afetam a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na<br />
ro<strong>da</strong> <strong>de</strong> exercício em pelo menos 50%, limite para o mo<strong>de</strong>lo ser consi<strong>de</strong>rado válido. Resultados: Um animal percorreu, em média,<br />
3,5±1,1 km/dia. Grupos <strong>de</strong> 4 animais percorreram em média 14,4±0,6 km/dia. Sob efeito dos medicamentos as distâncias<br />
variaram 22% (D) e 4% (M). Usando freio magnético, criou-se carga <strong>de</strong> 40g na ro<strong>da</strong> <strong>de</strong> exercício. Na ro<strong>da</strong> com freio, a distância<br />
percorri<strong>da</strong> caiu para 3,2 km/dia e sob medicamento a distância variou até 76%.Conclusões: Neste mo<strong>de</strong>lo, as ro<strong>da</strong>s <strong>de</strong> exercício<br />
com freio magnético foram capazes <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar claramente o efeito <strong>de</strong> drogas estimulantes e se<strong>da</strong>tivas sobre o interesse em<br />
exercício, possibilitando estudos com mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> SAOS em animais.<br />
DESENVOLVIMENTO DE MODELO DE HIPÓXIA INTERMITENTE EM ANIMAL<br />
DENIS MARTINEZ; PAULO OPPERMANN THOMÉ, MIRNA WOLITZ CAVALCANTE, PAULO MELLO, PAULO<br />
ROBERTO STEFANI SANCHEZ, MARCOS EUGENIO SOARES DUARTE, ROSELI DE OLIVEIRA MOLLERKE.<br />
Introdução: A síndrome <strong>da</strong>s apnéias obstrutivas do sono (SAOS) é transtorno crônico que causa hipertensão arterial sistêmica,<br />
morbi<strong>da</strong><strong>de</strong> cardiovascular e sintomas neuropsiquiátricos insidiosos que diminuem a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>. As características<br />
principais <strong>da</strong> doença são: fragmentação do sono e hipóxia intermitente (HI) causa<strong>da</strong> pelas apnéias. SAOS já foi <strong>de</strong>scrita em<br />
bulldogs, animais caros e <strong>de</strong> estimação. A inexistência <strong>de</strong>ssa síndrome em roedores dificulta a experimentação em animais.<br />
Objetivo: Estabelecer mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> apnéias do sono em roedores que possibilite investigar as conseqüências <strong>da</strong> HI sobre diversos<br />
órgãos e funções. Métodos: Introduziram-se misturas <strong>de</strong> gases em câmaras fecha<strong>da</strong>s, obtendo-se ciclos <strong>de</strong> hipóxia intercalados<br />
com normóxia. Inicialmente, o timer aciona a válvula, liberando N2 100% (Air Liqui<strong>de</strong>) por 45 segundos, a 20 L/min, em câmara<br />
com 27 L <strong>de</strong> volume; com isso, a fração <strong>de</strong> O2 atingia 10% na câmara. Após, o timer liga um ventilador por 45 segundos para<br />
reintroduzir ar ambiente na câmara. Este mo<strong>de</strong>lo não reproduziu as condições <strong>de</strong> asfixia, com hipóxia e hipercapnia <strong>da</strong> SAOS.<br />
Mudou-se a mistura para N2+CO2 10%, o tempo <strong>de</strong> introdução do gás para um minuto e usaram-se dois ventiladores por câmara,<br />
um introduzindo ar e outro retirando gás para acelerar o rearejamento <strong>da</strong> câmara. Criou-se, também, câmara para HI simula<strong>da</strong> para<br />
abrigar o grupo controle. Resultados: Gasometrias arteriais realiza<strong>da</strong>s em dois ratos, na UEA, mostrou que a PaO2 caia a 60-70<br />
mmHg enquanto a PaCO2 caia a 20-25 mmHg. Com as modificações no mo<strong>de</strong>lo, os ratos atingiram SaO2 <strong>de</strong> 74%, equivalente a<br />
PaO2 <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 40 mmHg, inalando CO2 a 6%. Que<strong>da</strong> e recuperação do O2 na câmara simulam SAOS. Conclusões:<br />
Neste estudo, obtivemos câmaras capazes <strong>de</strong> provocar HI isocápnica similar à <strong>da</strong> SAOS.<br />
RELAÇÃO ENTRE SONOLÊNCIA EXCESSIVA DIURNA E FREQÜÊNCIA DE APNÉIAS EM ESTÁGIOS REM E NÃO-<br />
REM DO SONO<br />
DENIS MARTINEZ; MAGALI SANTOS LUMERTZ; MARIA DO CARMO SFREDDO LENZ<br />
Introdução: Estudo publicado em 1994, <strong>de</strong> 34 pacientes com índice <strong>de</strong> apnéias e hipopnéias (IAH) < 10 eventos por hora <strong>de</strong> sono<br />
<strong>de</strong>monstrou que índice <strong>de</strong> apnéias-hipopnéias durante estágio REM (IAHREM) > 15 eventos por hora associa-se à sonolência<br />
excessiva diurna (SED) por fragmentar o sono REM. Esse achado, porém, não tem sido confirmado em trabalhos subseqüentes<br />
com maior número <strong>de</strong> pacientes. A sonolência tem diversas dimensões, porém, por ser difícil <strong>de</strong> ser quantifica<strong>da</strong>, não possui teste<br />
diagnóstico que sirva como padrão-aúreo. Objetivo: Analisar indicadores subjetivos e objetivos <strong>de</strong> SED em pacientes com IAH <<br />
10 eventos por hora <strong>de</strong> sono em indivíduos com suspeita <strong>de</strong> síndrome <strong>da</strong>s apnéias-hipopnéias obstrutivas do sono (SAHOS),<br />
investigando dimensões ain<strong>da</strong> não explora<strong>da</strong>s <strong>da</strong> SED que possam estar relaciona<strong>da</strong>s a IAHREM. Materiais e métodos: Foram<br />
revisados <strong>da</strong>dos clínicos e polissonográficos <strong>de</strong> 331 pacientes, 52% do sexo masculino, com (média±<strong>de</strong>svio-padrão) 40 ± 13 anos<br />
<strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>, IAH 4 ± 2 eventos por hora. Avaliaram-se indicadores <strong>de</strong> sonolência, incluindo a escala <strong>de</strong> sonolência <strong>de</strong> Epworth<br />
(ESE), latência ao sono, eficiência do sono e potenciais dimensões <strong>de</strong> sonolência obti<strong>da</strong>s por análise <strong>de</strong> fator. Resultados:<br />
IAHREM não se correlacionou significativamente com ESE ou quaisquer <strong>da</strong>s variáveis testa<strong>da</strong>s, incluindo as três dimensões <strong>da</strong><br />
análise <strong>de</strong> fator. O limite <strong>de</strong> 15 eventos por hora <strong>de</strong> sono REM, como proposto no estudo acima mencionado, não foi<br />
significativamente relacionado a diferentes graus <strong>de</strong> SED. IAH nos <strong>de</strong>mais estágios do sono correlacionaram-se<br />
significativamente com 4 <strong>da</strong>s 7 dimensões <strong>da</strong> SED testa<strong>da</strong>s. Conclusão: Os resultados <strong>de</strong>ssa amostra <strong>de</strong> pacientes com IAH < 10<br />
eventos por hora indicam que distúrbios respiratórios <strong>de</strong> sono em estágio REM não causam SED per se.