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Anais da 27º Semana Científica - Hospital de Clínicas de Porto Alegre

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Pneumologia B<br />

174<br />

Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />

ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA VENTILAÇÃO MECÂNICA NÃO-INVASIVA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA<br />

DO HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.<br />

CAMILA DE CHRISTO DORNELES; ANA CLAUDIA COELHO; JOÃO WILNEY FRANCO; VIVIANE MARTINS<br />

CORRÊA.<br />

INTRODUÇÃO: É forte o grau <strong>de</strong> evidência que a Ventilação Mecânica Não-Invasiva (VMNI) é eficaz no tratamento <strong>da</strong><br />

insuficiência respiratória agu<strong>da</strong> (IRA), principalmente nos pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e com<br />

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC). Quando bem indica<strong>da</strong> e maneja<strong>da</strong>, a VMNI diminui as taxas <strong>de</strong> intubação e o tempo <strong>de</strong><br />

internação na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Terapia Intensiva (UTI). Entretanto, é necessária uma equipe treina<strong>da</strong> e capacita<strong>da</strong> para que os esses<br />

objetivos sejam alcançados. OBJETIVOS: Analisar o uso <strong>da</strong> VMNI, as taxas <strong>de</strong> falha e suas causas, na UTI do <strong>Hospital</strong> Nossa<br />

Senhora Conceição. MÉTODO: Estudo <strong>de</strong> coorte prospectivo, constituído <strong>de</strong> pacientes que utilizaram VMNI entre Maio e Junho<br />

<strong>de</strong> 2007. RESULTADOS: 21 pacientes incluídos: 52% mulheres, i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 53,62 anos (±16,2), APACHE II <strong>de</strong> 18,85 (±6,9).<br />

Principais patologias: DPOC (66,66%), pneumonia (23,8%) e Cardiopatias (4,76%). Indicações <strong>de</strong> VMNI: Pós-extubação<br />

(52,38%) e IRA (33,33%). Turno predominante <strong>da</strong> instalação <strong>da</strong> VMNI: manhã (52,38%), tar<strong>de</strong> (33,33%) e noite (14,28%). O<br />

modo ventilatório utilizado: BIPAP (81%), PAV (14,28%) e CPAP (4,76%). Tempo <strong>de</strong> utilização <strong>da</strong> VMNI: 42,43 horas (1-192).<br />

A instalação <strong>da</strong> VMNI foi realiza<strong>da</strong> principalmente por Fisioterapeutas (61,9%). A taxa <strong>de</strong> falha foi <strong>de</strong> 38%, sendo que <strong>de</strong>stas,<br />

25% aconteceram pela manhã, 38% à tar<strong>de</strong> e 38% à noite. As causas atribuí<strong>da</strong>s à falha foram: não-melhora gasométrica e déficit<br />

<strong>de</strong> sensório do paciente (50%). Outras causas relata<strong>da</strong>s foram: estridor laríngeo, não-a<strong>da</strong>ptação à interface, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> equipe<br />

no manejo <strong>da</strong> VMNI, observa<strong>da</strong> principalmente no turno <strong>da</strong> noite. CONCLUSÕES: Foi possível verificar a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> maior<br />

treinamento e aperfeiçoamento <strong>da</strong> equipe quanto ao uso <strong>da</strong> VMNI, principalmente sua indicação e manutenção.<br />

CRISE DE ASMA NA SALA DE EMERGÊNCIA<br />

RENATA HECK; MARIA ÂNGELA MOREIRA, PAULINE ZANIN, HENRIQUE DARTORA<br />

Introdução: Os pacientes asmáticos buscam freqüentemente os atendimentos <strong>de</strong> emergência para tratamento <strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>scompensações. O uso regular <strong>da</strong>s medicações em geral não é seguido, por falta <strong>de</strong> conhecimento ou <strong>de</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

atendimento ambulatorial. A maioria dos casos po<strong>de</strong>ria ser maneja<strong>da</strong> fora <strong>da</strong>s emergências. Objetivo: Analisar o perfil dos<br />

pacientes asmáticos atendidos no <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Pronto Socorro <strong>da</strong> Prefeitura Municipal <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>, local <strong>de</strong> referência para<br />

atendimentos <strong>de</strong> emergência. Metodologia: Selecionamos pacientes adultos que buscaram atendimento <strong>de</strong>vido à crise <strong>de</strong> asma. A<br />

avaliação inicial constituía-se <strong>de</strong> breve história clínica, exame físico, avaliação do Pico <strong>de</strong> Fluxo(PF), SpO2, aplicação <strong>da</strong> escala<br />

<strong>de</strong> Borg para dispnéia. Resultados: Analisamos 46 pacientes com uma média <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 37 anos ( ±15), sendo 25 mulheres. Em<br />

32(70%) pacientes, a asma iniciou antes dos 18 anos e em 35(77%) as crises eram mensais ou semanais. A i<strong>da</strong> à emergência era<br />

uma rotina semanal para 19(41%) e 23(50%) já haviam sido hospitalizados por asma. Consulta com pneumologista foi referi<strong>da</strong><br />

por 25(54%). Antes <strong>de</strong> chegar ao HPS, 41 já havia usado medicação, 17 há menos <strong>de</strong> 1 hora e 10 estavam usando corticói<strong>de</strong> oral.<br />

A medicação mais freqüente foi o simpaticomimético spray. Corticói<strong>de</strong> inalatório não era usado por 87% dos pacientes. A média<br />

do PF(Pico <strong>de</strong> Fluxo) foi 247L/min, a SpO2 média 95%, a escala <strong>de</strong> Borg 6(dispnéia muito forte), 20(43%) tinha escarro<br />

purulento e 23(50%) tinha dor torácica. Entre os 34 RX <strong>de</strong> tórax realizados, 24(52%) estavam normais. Conclusão: Nossos <strong>da</strong>dos<br />

evi<strong>de</strong>nciam crises <strong>de</strong> intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> e pacientes sem orientação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> sobre a doença, sugerindo que muitos asmáticos<br />

que recorrem à emergência po<strong>de</strong>riam tratar suas crises a nível ambulatorial.<br />

FATORES LIMITANTES DO USO EFETIVO DO CORTICÓIDE INALATÓRIO NO TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO<br />

DA ASMA<br />

ANGELA ZANONATO; DIEGO MILAN MENEGOTTO; LIANA FRANCISCATTO; FERNANDO SOLIMAN; MARCUS<br />

FELIPE OLIVEIRA; MARCELO COELHO PATRÍCIO; MARCELO DE FIGUEIREDO; THAÍS HELENA GONÇALVES;<br />

ROSIMARY RICARDA PETRIK PEREIRA; PAULO DE TARSO ROTH DALCIN<br />

O corticói<strong>de</strong> inalatório (CI) é a principal medicação para o tratamento <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> asma. A i<strong>de</strong>ntificação dos fatores<br />

associados a sua não utilização na prática ambulatorial po<strong>de</strong>ria contribuir para uma intervenção mais eficaz na busca do controle<br />

<strong>da</strong> doença. Objetivos: avaliar o uso efetivo do CI no tratamento <strong>de</strong> manutenção <strong>da</strong> asma e i<strong>de</strong>ntificar fatores associados com a sua<br />

não utilização. Métodos: estudo transversal, prospectivo, em pacientes com diagnóstico <strong>de</strong> asma e em acompanhamento<br />

ambulatorial. A coleta dos <strong>da</strong>dos clínicos foi realiza<strong>da</strong> por questionário padronizado aplicado após consulta ambulatorial.<br />

Resultados: Foram estu<strong>da</strong>dos 116 pacientes, sendo que 104 (89,7%) relataram estar usando efetivamente o CI e 12 (10,3%)<br />

relataram não usar. Os pacientes que não estavam em uso <strong>de</strong> CI eram mais jovens que o grupo em uso (42,1 ± 17,1 versus 50,0 ±<br />

14,9 anos; p = 0,014). Não houve associação do uso <strong>de</strong> CI com a ren<strong>da</strong> familiar (p = 0,122) nem com o grau <strong>de</strong> instrução (p =<br />

0,316). Houve associação entre uso <strong>de</strong> CI e forma <strong>de</strong> adquirir a medicação (p = 0,008), sendo que 8 (66,7%) dos pacientes sem<br />

uso <strong>de</strong> CI <strong>de</strong>veriam adquirir a medicação pelo posto <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Ain<strong>da</strong>, o não uso <strong>de</strong> CI se associou com o grau <strong>de</strong> controle <strong>da</strong> asma<br />

(p = 0,026), sendo que os 12 pacientes sem uso <strong>de</strong> CI estavam com asma não-controla<strong>da</strong>. Conclusões: Uma percentagem<br />

significativa <strong>de</strong> pacientes ambulatoriais não utiliza efetivamente o CI e a dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir a medicação no sistema público<br />

parece ser um fator <strong>de</strong>terminante na obtenção <strong>da</strong> medicação. O fato <strong>de</strong>sses pacientes se apresentarem com doença não controla<strong>da</strong>,<br />

aponta para a premência <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s que facilitem a disponibilização do CI.

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