Anais da 27º Semana CientÃfica - Hospital de ClÃnicas de Porto Alegre
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Revista HCPA 2007; 27 (Supl.1)<br />
a recuperação do consi<strong>de</strong>rado estado <strong>de</strong> normali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> e nutrição do indivíduo. Tendo em vista a relação entre nutrição,<br />
saú<strong>de</strong> e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, o acompanhamento nutricional freqüente e sistemático configura-se como cenário <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental<br />
importância. Neste sentido, busca-se trabalhar frustrações relativas às dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s inerentes a este tipo <strong>de</strong> tratamento em saú<strong>de</strong>.<br />
MÉTODOS Selecionou-se pacientes em acompanhamento nutricional há no mínimo três meses <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2005. Dados <strong>de</strong><br />
assidui<strong>da</strong><strong>de</strong> às consultas, IMC e peso foram obtidos através <strong>de</strong> consulta aos prontuários dos pacientes, sendo armazenados em<br />
banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos Excel. A coleta <strong>da</strong>s informações realizaram-se durante os meses <strong>de</strong> fevereiro e março <strong>de</strong> 2007. RESULTADOS O<br />
estudo contou com uma amostra <strong>de</strong> 65 indivíduos, representando aproxima<strong>da</strong>mente 50% dos pacientes atendidos na Uni<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo<br />
serviço <strong>de</strong> nutrição. Destes, encontrou-se uma maioria do sexo feminino (81,53%), contra uma minoria do sexo masculino<br />
(18,47%). A freqüência às consultas foi insatisfatória, sendo que 35% dos pacientes faltavam, com até três faltas por pessoa.<br />
Encontrou-se também que quase 60% <strong>da</strong> amostra é classifica<strong>da</strong> conforme IMC em sobrepeso e obesi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Notou-se que 58,46%<br />
dos pacientes atingiram o objetivo proposto pelo tratamento. Destes, 68,42% apresentavam como objetivo principal o<br />
emagrecimento. CONCLUSÕES Consi<strong>de</strong>rando que o sucesso do tratamento nutricional <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> diretamente do<br />
comprometimento e a<strong>de</strong>rência dos pacientes às orientações nutricionais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, a maioria <strong>de</strong>stes alcançaram os resultados<br />
esperados. Entretanto, os indivíduos com maior número <strong>de</strong> falta às consultas foram os mesmos i<strong>de</strong>ntificados com insucessos no<br />
tratamento.<br />
AVALIAÇÃO DA RESPOSTA NUTRICIONAL MEDIDA PELA TRANSFERRINA E PRÉ-ALBUMINA SÉRICAS EM<br />
PACIENTES COM CÂNCER DE ESÔFAGO INTERNADOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE/ RS<br />
LEA TERESINHA GUERRA; ANDRÉ RICARDO PEREIRA DA ROSA; CARLOS CAUDURO SCHIRMER; RICHARD<br />
RICACHENEVSKY GURSKI; RICARDO FILIPE ROMANI; CLEBER DARIO PINTO KRUEL<br />
Introdução. A avaliação e a intervenção nutricional são indispensáveis nos pacientes com câncer <strong>de</strong> esôfago <strong>de</strong>vido à alta<br />
incidência <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição <strong>de</strong> causa multifatorial. A pré-albulmina e a transferrina séricas têm mostrado serem eficazes indicadores<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>snutrição e reabilitação nutricional. Objetivo. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho será avaliar o resultado <strong>da</strong> intervenção nutricional<br />
oral e/ou enteral, através <strong>da</strong> dosagem <strong>de</strong> transferrina e pré-albumina séricas em pacientes com câncer <strong>de</strong> esôfago internados no<br />
Grupo <strong>de</strong> Cirurgia <strong>de</strong> Esôfago, Estômago e Intestino Delgado do <strong>Hospital</strong> <strong>de</strong> Clínicas <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong> (GCEEID/HCPA).<br />
Materiais e Métodos. A amostra estu<strong>da</strong><strong>da</strong> será composta por todos os pacientes com câncer <strong>de</strong> esôfago que internarem no<br />
GCEEID/ HCPA, no período <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2006 a agosto <strong>de</strong> 2007. O suporte nutricional oral ou enteral será fornecido pelo<br />
Serviço <strong>de</strong> Nutrição e Dietética e a<strong>da</strong>ptado conforme as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s nutricionais e tolerância do paciente. A avaliação nutricional<br />
será realiza<strong>da</strong> através <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s antropométricas e <strong>da</strong>s dosagens séricas <strong>de</strong> transferrina e pré-albumina em até 48 horas <strong>de</strong><br />
internação. Tais medi<strong>da</strong>s serão repeti<strong>da</strong>s no décimo quarto dia <strong>de</strong> suporte nutricional. Resultados e Conclusões. O trabalho está<br />
em an<strong>da</strong>mento e os resultados e conclusões estarão analisados na <strong>da</strong>ta programa<strong>da</strong> para a apresentação do trabalho.<br />
ADAPTAÇÃO E VALIDAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO DE FREQÜÊNCIA ALIMENTAR PARA CRIANÇAS DE 6 A 10<br />
ANOS<br />
DAISY LOPES DEL PINO; BIBIANA CARRION MACEDO; JAQUELINE ANDREA VIDOR; FABIANA VIEGAS<br />
RAIMUNDO; CAROLINA BLOCHTEIN LEMBERT; DANIELLE COHEN; LAURA DE BROCHADO CORINO; PATRÍCIA<br />
FREITAS MENDONÇA<br />
Os padrões dietéticos adotados por um indivíduo, família ou população <strong>de</strong>terminam seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Os nutrientes po<strong>de</strong>m<br />
atuar como protetores ou como coadjuvantes na ocorrência <strong>de</strong> doenças. O questionário <strong>de</strong> freqüência alimentar (QFA) tornou-se o<br />
método dominante nos estudos epi<strong>de</strong>miológicos para avaliação do consumo dietético, em especial para avaliar a relação <strong>da</strong> dieta<br />
com a ocorrência <strong>de</strong> doenças crônicas não transmissíveis. Não há instrumento vali<strong>da</strong>do na língua portuguesa para a faixa<br />
pediátrica <strong>da</strong> população. Consi<strong>de</strong>rando-se a importância <strong>de</strong> se conhecer os hábitos alimentares <strong>de</strong> crianças para realizar qualquer<br />
intervenção ou estudo do ponto <strong>de</strong> vista nutricional, é necessário vali<strong>da</strong>r um instrumento seguro para crianças <strong>de</strong> 6 a 10 anos.<br />
OBJETIVO: A<strong>da</strong>ptar e vali<strong>da</strong>r um QFA para escolares <strong>de</strong> 6 a 10 anos, do município <strong>de</strong> <strong>Porto</strong> <strong>Alegre</strong>. MÉTODOS: O estudo<br />
envolve escolares até a quarta série <strong>de</strong> escolas públicas e particulares. A partir <strong>de</strong> um questionário <strong>de</strong> freqüência alimentar<br />
vali<strong>da</strong>do para adolescentes, a<strong>da</strong>ptou-se o mesmo para crianças <strong>de</strong> 6 a 10 anos. A avaliação <strong>da</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> do QFA se <strong>da</strong>rá através <strong>da</strong><br />
comparação dos resultados, obtidos com esse instrumento, em relação às médias dos resultados <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> três dias não<br />
consecutivos <strong>de</strong> um Recor<strong>da</strong>tório 24h. RESULTADOS: O presente estudo está em fase <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e os resultados parciais<br />
serão apresentados.<br />
ESTADO NUTRICIONAL, FATORES DE RISCO PARA DESNUTRIÇÃO E ATENDIMENTO NUTRICIONAL<br />
PEDIÁTRICO NA HOSPITALIZAÇÃO<br />
LUCIANE BEITLER DA CRUZ; FERNANADA O. RODRIGUES, MICHELE G. MAKSUD, MARINA ZAMBRANO,<br />
CRISTINA T. L. DORNELLES<br />
Introdução: Avaliação antropométrica (AA) <strong>de</strong> crianças e adolescentes hospitalizados é fun<strong>da</strong>mental para a classificação do<br />
estado nutricional (EN). Os riscos para <strong>de</strong>snutrição e o EN po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>terminar o tipo <strong>de</strong> atendimento por níveis <strong>de</strong> assistência<br />
(NA). Objetivos: Avaliar o EN na admissão hospitalar e os fatores <strong>de</strong> risco (FR) para <strong>de</strong>snutrição no atendimento nutricional na<br />
hospitalização em uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s pediátricas. Métodos: Estudo transversal prospectivo, 396 crianças e adolescentes <strong>de</strong> 0-14 anos<br />
hospitalizados entre <strong>de</strong>zembro/2005 e maio/2006. Na classificação do EN foram utilizados o escore-Z até 10 anos e o IMC >10<br />
anos, classificados <strong>de</strong> acordo com critérios <strong>da</strong> OMS, 2006. Os FR para <strong>de</strong>snutrição incluíam: antropometria, jejum >2 dias,<br />
alimentação enteral ou parenteral, disfagia, per<strong>da</strong> pon<strong>de</strong>ral, vômitos ou diarréia nas últimas 24h, febre acima <strong>de</strong> 37,5o C e risco<br />
relacionado ao diagnóstico, on<strong>de</strong> a presença ou não <strong>de</strong>terminava o NA, que foi estabelecido em categorias NA 2, 3 ou 4.<br />
Resultados: Na classificação do EN (n=363), encontramos 47,1% <strong>de</strong> eutróficos, 28,1 % <strong>de</strong> <strong>de</strong>snutridos, 14,6% em risco<br />
nutricional, 6,1% com sobrepeso e 4,1% <strong>de</strong> obesos. Oito porcento <strong>da</strong>s crianças não apresentavam condições clínicas para<br />
realização <strong>da</strong> avaliação antropométrica. Setenta porcento <strong>da</strong>s crianças apresentavam até 2 FR, 29% <strong>de</strong> 3 a 5 FR e 2%, 6 FR ou