Livro de Aforamento número 041 - Paleografia

Cidade, pelo Tabelião Francisco Ignácio da Rosa, em nove de Outubro de mil
novecentos e trinta e sete, que juntou a sua petição e lhe foi entregue neste ato. Em
conformidade com o despacho do Senhor Prefeito exarado em o citado
requerimento, lavrei o presente Termo de transferencia de aforamento para o nome
do requerente Paulo José de Queiroz Burle, do terreno acima referido, o qual de
acordo com o Termo de aforamento da vendedora Dona Mabel Hime Masset,
lavrado neste Livro á folhas trinta e dois verso, tem as dimensões e confrontações
Fls. 102v confrontações seguintes: Quinhentos e dezesete metros (517m) de frente
que faz com os fundos de terrenos que foram de João Lindenberg, hoje
pertencentes ao comparador Paulo José de Queiroz Burle, com igual numero de
metros nos fundos que divide com o brejo do Chiqueiro linhas lateraes: pelo lado
do Sudoeste com o Caminho do Chiqueiro até encontrar terrenos onde tem uma
casa de palha de Ramalho ou de quem de direito trezentos e dezesete metros
(317m) e do lado do Nordeste o mesmo numero de metros até encontrar as
capovorocas, formando este terreno uma área de frente e sessenta e treis mil
oitocentos e oitenta e nove metros quadrados (163.889m) que ao fôro de um
décimo de real por metro quadrado por ser a maior parte deste terreno em brejo,
pagará o novo foreiro a quantia de dezeseis mil trezentos e oitenta e oito reis
annualmente. Declarou o foreiro neste ato sujeitar-se a todas deliberações que a
Prefeitura houver de tomar a bem de seus interesses, e bem assim as condições
seguintes: Primeira: A reconhecer esta Prefeitura como legitima Senhora do domínio
direto do terreno, não podendo vendel-o nem alienal-o sem o previo
consentimento dela, a qual consentindo haverá o Laudemio de dois e meio por
cento sobre o valor da transação. Segunda: A pagar a esta Prefeitura os fóros todos
os anos, não podendo deixar de os pagar por mais de treis anos consecutivos, sob
pena de cahir em comisso. Terceira: Precisando do terreno para utilidade publica, o
foreiro é obrigado a entregal-o, sendo apenas deduzido do presente Termo o
numero de metros precisos e os fóros a elles relativos. Quarta: Qualquer duvida que
surgir entre o foreiro e esta Prefeitura, será o Fôro – Judicial local competente para
resolver. Fls. 103 resolver. E tendo assim prometido cumprir, lavrei o presente