Livro de Aforamento número 041 - Paleografia

Mozart Cruz Simões e sua mulher dona Mareia da Gloria Pereira Simões, como
provaram com o traslado de escritura passado nas notas do primeiro oficio desta
cidade, pelo Tabelião Francisco Ignácio da Rosa, em vinte e quatro de Maio do
corrente ano, o qual juntou a sua petição e lhes foi devolvida neste ato. Em
conformidade com o despacho do Senhor Prefeito exarado em a citada petição
lavrei o presente termo de transferencia de aforamento para o nome da firma
requerente Beranger & Cia. do terreno acima referido, o qual de acordo com a
medição apresentada pelos fiscaes João Guimarães de Oliveira e Aspino Luiz da
Silva tem as dimensões e confrontações seguintes: Frente para a Rua Bento José
Ribeiro, doze metros e noventa e cinco centímetros; fundos com onze metros e
cinco centímetros que Fls. 107 que faz para a Rua Teixeira e Souza, tendo na linha
lateral do Norte que divide com a Avenida Doutor José Watzl Filho, cincoenta e
cinco metros e trinta centímetros e na linha lateral de Sul que divide com André da
Costa Simas e filhos de Josué Carvalho ou quem de direito, cincoenta e um metros e
setenta centímetros, formando este terreno uma area de seiscentos e quarenta e dois
metros quadrados, que ao fôro de dez reis por metro quadrado, conforme
determina o artigo decimo letra A da Deliberação numero dois, de trinta e um de
Maio de mil novecentos e vinte e nove, pagará o foreiro a quantia de seis mil
quatrocentos e vinte reis anualmente. Declarou o foreiro neste ato sujeitar-se a
todas deliberações que a Prefeitura houver de tomar a bem de seus interesses, e bem
assim, as seguintes condições: Primeira: A reconhecer esta Prefeitura como legitima
Senhora do domínio direto do terreno, não podendo vendel-o nem alienal-o sem o
prévio consentimento dela, a qual consentindo, haverá o Laudemio de dois e meio
por cento sobre o valor da transação. Segunda: A pagar a esta Prefeitura os foros
todos os anos, não podendo deixar de os pagar por mais de treis anos consecutivos,
sob pena de cair em comisso. Terceira: Precisando esta Prefeitura do terreno para
utilidade publica, o foreiro é obrigado a entregal-o sem haver pagamento algum,
sendo apenas deduzido do presente Termo, o numero de metros precisos e os foros
a elles relativos. Quarta: Qualquer duvida que surgir entre o foreiro e esta
Prefeitura, será o fôro judicial local o competente para resolver. E tendo assim