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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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todas as técnicas e formas de organização podem aí se instalar, conviver,<br />

pr<strong>os</strong>perar. N<strong>os</strong> temp<strong>os</strong> de hoje, a cidade grande é o espaço onde <strong>os</strong> frac<strong>os</strong><br />

podem subsistir. (p. 258).<br />

A prop<strong>os</strong>ição do autor sobre a “cidade ser também o espaço d<strong>os</strong> frac<strong>os</strong>” pode estar<br />

associada à presença d<strong>os</strong> informais, uma vez que:<br />

Há, de um lado, uma economia explicitamente globalizada, produzida de<br />

cima, e um setor produzido de baixo, que n<strong>os</strong> países pobres, é um setor<br />

popular e, n<strong>os</strong> países ric<strong>os</strong>, inclui <strong>os</strong> setores desprivilegiad<strong>os</strong> da<br />

sociedade, incluíd<strong>os</strong> <strong>os</strong> imigrantes. Cada qual é responsável, dentro das<br />

cidades, de divisões de trabalho típicas. Em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, a cidade é um<br />

grande sistema, produto de superp<strong>os</strong>ição de subsistemas divers<strong>os</strong> de<br />

cooperação, que criam outr<strong>os</strong> tant<strong>os</strong> sistemas de solidariedade. Nas atuais<br />

condições de globalização, tod<strong>os</strong> esses subcírcul<strong>os</strong> ou subsistemas de<br />

solidariedade tendem a especializações que não tem a mesma natureza.<br />

Pode-se, também, dizer que há uma especialização de atividades por<br />

cima e uma especialização de atividades por baixo. Mas a primeira é<br />

rígida, dependente de normas implacáveis, de cuja obediência depende a<br />

sua eficácia. Diz-se destas normas que são complexas por causa do seu<br />

conteúdo científico e tecnológico e de sua busca de precisão no processo<br />

produtivo. Mas, também, pode-se dizer que, na economia mais pobre, as<br />

divisões do trabalho consideradas mais simples pelo discurso dominante,<br />

são, de fato, as mais complexas? (SANTOS, 1996, p. 259).<br />

Para que o <strong>comércio</strong> de uma área específica se desenvolva é preciso que haja uma<br />

concentração de pessoas e de element<strong>os</strong> que justifiquem a iniciativa e isto pode ser<br />

percebido pelas formas e funções que foram se agregando e colocando, à disp<strong>os</strong>ição d<strong>os</strong><br />

consumidores, atrativ<strong>os</strong> para despertar a necessidade do consumo. Sobre a produção do<br />

consumo, Baudrillard (1970) destaca que há uma manipulação d<strong>os</strong> sign<strong>os</strong> a partir da<br />

mercadoria e que muit<strong>os</strong> autores contestam que há uma distorção com relação à teoria<br />

marxista por enfatizar uma linha mais culturalista, visto que “a sociedade de consumo<br />

torna-se essencialmente cultural, na medida em que a vida social fica desregulada e as<br />

relações sociais tornam-se mais variáveis e men<strong>os</strong> estruturadas por normas estáveis”<br />

(FEATHERSTONE, 1995, p. 34). Também nessa ótica Jameson (1985) relaciona a cultura<br />

pós-modernista à sociedade de consumo e que pode ser compreendida na visão de<br />

Featherstone (1995) identificando três perspectivas para explicitar essa prática:<br />

A primeira é a concepção de que a cultura de consumo tem como<br />

premissa à expansão da produção capitalista de mercadorias, que deu

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