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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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destaca que a praça do antigo mercado, juntamente com a Prefeitura, é que caracterizavam<br />

o centro.<br />

Quando discutim<strong>os</strong> a origem do centro urbano buscam<strong>os</strong> compreender a sua<br />

estruturação desde o núcleo inicial através do povoado que foi se organizando ao redor de<br />

um ponto considerado estratégico e que se diversificou mediante as exigências imp<strong>os</strong>tas<br />

pelas mudanças nas características daquele espaço, ou seja, foi necessário instituir o poder e<br />

o controle sobre a população que estava se firmando no local. A partir disso advém a<br />

atuação do poder público com as prefeituras e as instituições, além do desenvolvimento do<br />

<strong>comércio</strong> e da prestação de serviç<strong>os</strong>, prática existente no centro. Para George (1983):<br />

A administração introduz nas grandes cidades, entre o bairro e a cidade<br />

toda, uma divisão que é apenas administrativa: o distrito. Muito grande<br />

para ser uma unidade concreta de vida coletiva, ele não se impõe<br />

sociologicamente. O morador da cidade leva em conta o distrito em certas<br />

circunstâncias, sem que constitua, contudo, um quadro tangível para a sua<br />

vida. (p. 76).<br />

O centro em sua essência concentra e ao mesmo tempo dispersa as atividades, pois<br />

num primeiro momento tivem<strong>os</strong> a apropriação das áreas centrais pelas camadas mais<br />

abastadas da sociedade que passaram a se instalar ao redor das praças e próximas às<br />

instituições políticas e financeiras e, p<strong>os</strong>teriormente, tivem<strong>os</strong> uma outra situação que<br />

favoreceu a suburbanização com a transferência da função domiciliar para outras áreas e a<br />

fixação das atividades comerciais e de serviç<strong>os</strong>, visto que a cidade é o locus da vida <strong>urbana</strong><br />

ativa com conteúd<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong> entre si, uma vez que “qualquer forma de trabalho<br />

concentrado provoca ou favorece a formação ou o desenvolvimento de uma cidade”<br />

(GEORGE, 1983, p. 165).<br />

Para Gottdiener (1993), a suburbanização pode ser compreendida pelo seguinte<br />

processo:<br />

A taxa mais rápida de crescimento de áreas afastadas, em comparação com<br />

a do centro da cidade, foi um traço permanente de regiões urbanizadas<br />

desde pelo men<strong>os</strong> a década de 1920. Todavia o início da década de 1970<br />

presenciou esse crescimento ocorrer pela primeira vez em áreas fora das<br />

fronteiras da metrópole, assinalando o que passou a ser conhecido como<br />

turnaround de população. Pela primeira vez na história, as regiões externas<br />

adjacentes a áreas <strong>urbana</strong>s constituem <strong>os</strong> receptácul<strong>os</strong> de migração às<br />

custas do centro da cidade, invertendo assim o processo, há muito<br />

existente, da impl<strong>os</strong>ão <strong>urbana</strong>. (p. 14).

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