13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

com quem o vende. Assim, se associam<strong>os</strong> o centro às mercadorias e à <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong>,<br />

devem<strong>os</strong> considerar também, que a generalização das trocas e d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> p<strong>os</strong>sibilitou o<br />

surgimento de centr<strong>os</strong> comerciais desvinculad<strong>os</strong> da realidade do lugar. É o que Vieira<br />

aponta como sendo a espetacularização da mercadoria aliada a fetichização do espaço que<br />

p<strong>os</strong>sibilita “o retorno do consumo (de <strong>comércio</strong> e serviç<strong>os</strong>) para qualquer lugar, porque<br />

qualquer lugar pode ser transformado em um não-lugar” (VIEIRA, 2002, p. 123). Esta idéia<br />

também pode ser levada em consideração do ponto de vista da <strong>centralidade</strong> ser cambiante 46 ,<br />

ou seja, haver no interior das cidades locais em que o consumo do e no espaço ocorre em<br />

horári<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong>.<br />

O que presenciam<strong>os</strong> são nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de consumo (re)estruturad<strong>os</strong> no interior das<br />

cidades permitindo o acesso a outras áreas, caracterizando a fragmentação do tecido<br />

urbano 47 , o que significa que novas formas de relacionament<strong>os</strong> surgem a partir de nov<strong>os</strong><br />

arranj<strong>os</strong> espaciais. No entanto, “o processo de reprodução do espaço é ao mesmo tempo<br />

contínuo e descontínuo apresentando profundas rupturas provocadas pela intervenção do<br />

estado em função das contradições decorrentes do próprio processo” (CARLOS, 2001, p.<br />

63).<br />

É fundamental analisarm<strong>os</strong> as considerações apresentadas até o presente momento,<br />

uma vez que o espaço urbano é um produto social e o centro faz parte desse espaço<br />

produzido e que dá forma e conteúdo à realidade <strong>urbana</strong>, do ponto de vista das trocas<br />

comerciais. Mas não devem<strong>os</strong> deixar de lado a premissa de que <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> (re)produzid<strong>os</strong><br />

contêm uma dinâmica que envolve a apropriação e que determina <strong>os</strong> us<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong><br />

com readaptações que convergem para o espaço da mercadoria.<br />

Contudo:<br />

A contradição entre o processo de produção social do espaço e sua<br />

apropriação privada esta na base do entendimento da reprodução<br />

espacial; isto porque numa sociedade fundada sobre a troca a apropriação<br />

do espaço, ele próprio produzido, enquanto mercadoria, liga-se, cada vez<br />

mais à forma mercadoria servindo as necessidades da acumulação através<br />

das mudanças/readaptações de us<strong>os</strong> e funções d<strong>os</strong> lugares que também se<br />

reproduzem sob a lei do reprodutível, a partir de estratégias da<br />

46<br />

Já mencionam<strong>os</strong> em outra parte deste trabalho algumas considerações sobre o papel da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong><br />

e como ela surge no espaço intra-urbano.<br />

47<br />

Não querem<strong>os</strong> aprofundar as idéias sobre a temática da fragmentação, apenas tecer alguns comentári<strong>os</strong>.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!