13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

E pr<strong>os</strong>segue afirmando que:<br />

Para Benévolo:<br />

do fato urbano são analiticamente separáveis, mas na realidade soem ser<br />

intrinsecamente interligad<strong>os</strong>. A cidade, antes de mais nada, concentra<br />

gente num ponto do espaço. (p.15).<br />

Quando se pensa qualquer sociedade humana que tenha atingido o<br />

estágio da civilização <strong>urbana</strong> - em que a produção e/ou a captura de um<br />

excedente alimentar permite a uma parte da população viver de aliment<strong>os</strong><br />

- a divisão entre urbe e campo aparece claramente a<strong>os</strong> olh<strong>os</strong>. São também<br />

aparentes as relações que se estabelecem entre <strong>os</strong> que vivem na zona<br />

rural, mediante as quais <strong>os</strong> segund<strong>os</strong> fornecem a<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong> parte da sua<br />

produção, em troca de produt<strong>os</strong> da cidade ou de cert<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> reais ou<br />

imaginári<strong>os</strong> (governo, segurança, religião etc.). (SINGER, 1977, p. 11)<br />

A cidade, centro motor desta evolução, não só é maior do que a aldeia,<br />

mas se transforma com uma velocidade muito superior. Ela assinala o<br />

tempo da nova história civil: as lentas transformações do campo (onde é<br />

produzido o excedente) documentam as mudanças mais raras da estrutura<br />

econômica; as rápidas transformações da cidade (onde é distribuído o<br />

excedente) m<strong>os</strong>tram, ao contrário, as mudanças muito mais profundas da<br />

comp<strong>os</strong>ição e das atividades da classe dominante, que influem sobre a<br />

sociedade. (1993, p. 26)<br />

Mumford (2002) entende que, para definirm<strong>os</strong> a cidade:<br />

Deveríam<strong>os</strong> procurar seu núcleo organizador, traçar suas fronteiras,<br />

seguir suas linhas de força social, estabelecer seus centr<strong>os</strong> subsidiári<strong>os</strong> de<br />

associação e comunicação e analisar a diferenciação e integração de seus<br />

grup<strong>os</strong> e instituições. Enquanto uma cidade ajuntava e ligava, numa<br />

unidade visível, aldeia, santuário, fortaleza, oficina e mercado, seu<br />

caráter alterava de região para região, de época para época, enquanto que<br />

um ou outro componente dominava e coloria o resto. Mas, sempre, como<br />

uma célula viva, o núcleo organizador era essencial para dirigir o<br />

crescimento e a diferenciação orgânica do todo. (p. 108).<br />

De acordo com <strong>os</strong> autores citad<strong>os</strong>, podem<strong>os</strong> perceber que a condição primordial<br />

para o surgimento das cidades está pautada na divisão social do trabalho que se fortaleceu,<br />

ainda mais, com o processo de industrialização, favorecendo também uma especialização<br />

funcional d<strong>os</strong> lugares com reflex<strong>os</strong> mediante a caracterização da rede <strong>urbana</strong>, privilegiando<br />

a hierarquia das cidades e as estratégias de desenvolvimento do capitalismo. Sobre as<br />

cidades, Beltrão Sp<strong>os</strong>ito (1997) esclarece que:

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!