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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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A noção de cidade e de seu processo contínuo de reprodução revela uma<br />

potencialidade para o entendimento do mundo moderno, em sua<br />

dimensão teórica e prática. A cidade passa por uma crise cujo sentido<br />

está em seu processo de reprodução (e não fora dele). (CARLOS, 2001,<br />

p. 360)<br />

A crise existente na cidade pode ser compreendida a partir d<strong>os</strong> séri<strong>os</strong> e graves<br />

problemas que enfrenta e um deles está pautado na reprodução d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de modo<br />

fragmentário, como aponta Pintaudi (2001), ou seja, é p<strong>os</strong>sível, ainda, falarm<strong>os</strong> em cidade,<br />

devido a essa fragmentação, à dispersão, a<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> mod<strong>os</strong> de vida. Assim, para Lefebvre,<br />

n<strong>os</strong> dizeres de Pintaudi (2001):<br />

A cidade de origem histórica não desaparece (enquanto momento<br />

histórico) com as transformações que a modernidade implanta (e impõe),<br />

mas, com as novas <strong>centralidade</strong>s, se condensa e se dispersa, ou, ainda, se<br />

concentra e se estende. Essas noções indicam, para o autor, a dupla<br />

tendência do espaço social, o que significa que a cidade é englobada pelo<br />

urbano. (p. 135).<br />

De acordo com essas informações que envolvem a chamada crise, apontam<strong>os</strong> a<br />

precarização das formas de trabalho juntamente com o desemprego estrutural que remetem<br />

às estratégias de apropriação do centro em virtude da generalização da mercadoria e das<br />

relações socioespaciais. Os quadr<strong>os</strong> que apontam as atividades informais apresentam uma<br />

uniformidade d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> com variedades que vão desde eletrônic<strong>os</strong> até frutas e verduras.<br />

Essa demonstração foi realizada com base nas bancas das ruas, uma vez que decidim<strong>os</strong><br />

fazer uma comparação entre as mercadorias do <strong>comércio</strong> formal e <strong>informal</strong> do trajeto<br />

mapeado para a coleta d<strong>os</strong> dad<strong>os</strong>, levando em consideração que <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> do<br />

camelódromo e do shopping popular estão alocad<strong>os</strong> num espaço construído para abrigá-l<strong>os</strong>.<br />

Assim, de acordo com Lynch (1997):<br />

Existem, porém, algumas funções fundamentais, que as formas da cidade<br />

podem expressar, circulação, us<strong>os</strong> principais do espaço urbano, pont<strong>os</strong><br />

focais chaves. As esperanças, <strong>os</strong> prazeres e o senso comunitário podem<br />

concretizar-se. Acima de tudo, se o ambiente for visivelmente organizado<br />

e nitidamente identificado, o cidadão poderá impregná-l<strong>os</strong> de seus<br />

própri<strong>os</strong> significad<strong>os</strong> e relações. Então se tornará o verdadeiro lugar,<br />

notável e inconfundível. (p. 101-2).

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