13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Segundo Vieira, <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> serão maiores nas áreas cujo padrão de ocupação vem se<br />

alterando, já que nas áreas onde esse processo está completo, <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong> são menores se<br />

comparad<strong>os</strong> às outras, que vem passando por modificações, até mesmo porque <strong>os</strong> capitais<br />

buscarão novas áreas para implementarem a dinâmica imobiliária. Contudo, podem<strong>os</strong><br />

extrair dessas considerações que com o movimento de (re)vitalização e susp<strong>os</strong>tamente<br />

(re)valorização de uma área ocorre o aumento d<strong>os</strong> preç<strong>os</strong> do solo, pois há uma<br />

(re)utilização d<strong>os</strong> imóveis com alterações n<strong>os</strong> us<strong>os</strong> contribuindo para o (re)estabelecimento<br />

e a (re)afirmação da importância da área central, justificando também o surgimento de<br />

nov<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> de circulação relacionad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> estabelecid<strong>os</strong> no interior das cidades.<br />

Dentro dessa perspectiva, Camp<strong>os</strong> Filho (1992, p. 45) afirma que “a concentração<br />

de renda em poucas parcelas da população provocou a concentração espacial, em algumas<br />

partes da cidade, especialmente naquelas mais centrais.” Para Seabra (2004, p. 185) “no<br />

cotidiano urbano realizam-se todas as abstrações. Inclusive o processo de valorização do<br />

espaço, que enquanto abstração da forma mercadoria, realiza-se como abstração concreta,<br />

delimitando territóri<strong>os</strong>”.<br />

Sobre a estrutura do centro, Vieira (2002) avalia que com as p<strong>os</strong>sibilidades do<br />

capital imobiliário ter maiores ganh<strong>os</strong> em outras áreas, diminui esta estratégia própria na<br />

área central, mas que pode haver um caráter diferenciado quando há uma requalificação<br />

funcional d<strong>os</strong> imóveis com:<br />

Assim, tem<strong>os</strong> que:<br />

[...] A utilização da imagem do centro como valor subjetivo agregado<br />

objetivamente ao bem, funcionando como um ganho de inovação do<br />

produto. Os investidores apenas se apropriam do valor agregado ao<br />

imóvel como um produto diferenciado, autorizando a conclusão de que a<br />

requalificação se traduz muito bem em um processo de resgate d<strong>os</strong><br />

ganh<strong>os</strong> imobiliári<strong>os</strong> de uma área. (VIEIRA, 2002, p. 280).<br />

(...) A transformação do centro 37 em uma área espetáculo da cidade é<br />

uma alternativa que eleva a potencialidade de ganh<strong>os</strong> fundiári<strong>os</strong><br />

imobiliári<strong>os</strong> na região. Já se falou demasiadamente da peculiaridade<br />

existente neste processo que faz com que <strong>os</strong> valores subjetiv<strong>os</strong> se colem<br />

a<strong>os</strong> substrat<strong>os</strong> materiais de modo aumentarem o seu valor objetivo. E é<br />

37 Sobre este assunto podem<strong>os</strong> mencionar as estratégias de revitalização da área central a partir da<br />

ASSOCIAÇÃO VIVA O CENTRO, que analisa a realidade da cidade de São Paulo, mas que na verdade,<br />

apresenta idéias muitas vezes excludentes quanto a<strong>os</strong> us<strong>os</strong> do espaço nesta área.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!