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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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tornasse men<strong>os</strong> inferior e o superior men<strong>os</strong> superior, uma vez que mesmo o circuito inferior<br />

apresentando um dinamismo, ainda, é considerado dependente. (SANTOS, 1978).<br />

O que precisa ficar esclarecido é que Sant<strong>os</strong> aponta para o fato de que a explicação<br />

para as desigualdades está pautada na pobreza, visto que:<br />

Muit<strong>os</strong> são <strong>os</strong> estratagemas usad<strong>os</strong> para fugir do problema da pobreza.<br />

Primeiro, esse problema é tratado como um tema de estudo á parte; a<br />

sociedade é analisada como se não tivesse classes. Essa forma gr<strong>os</strong>seira<br />

de ocultar a realidade pode ser substituída por métod<strong>os</strong> mais elaborad<strong>os</strong>.<br />

Por exemplo, a pobreza pode ser considerada uma situação de transição,<br />

uma fase apenas, uma etapa necessária na mobilidade ascendente... Essa<br />

atitude é semelhante àquela que admite que as pessoas podem mudar de<br />

condição, através de soluções isoladas, como por exemplo uma iniciativa<br />

individual bem orientada, educação ou capacidade empresarial. Isso faz<br />

com que as pessoas não percam as esperanças, e ao mesmo tempo<br />

constitui a base de uma sociedade competitiva, impedindo assim que a<br />

idéia de mudança conquiste terreno. (SANTOS, 1978, p. 66).<br />

O que vem<strong>os</strong> cada vez mais é que o empobrecimento das camadas populares em<br />

função da chamada economia moderna, uma vez que “as teorias do desenvolvimento têm<br />

sido apresentadas como soluções para corrigir as desigualdades entre indivídu<strong>os</strong>, regiões e<br />

países” (SANTOS, 1978, p. 65). Devem<strong>os</strong> então, considerar que o <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> pode<br />

ser entendido em relação às pessoas que ficam nas ruas e calçadas vendendo alguma<br />

mercadoria ou mesmo àqueles que p<strong>os</strong>suem uma banca no camelódromo da cidade e que<br />

não estão inserid<strong>os</strong> na lógica da formalidade quanto à organização das mercadorias e do<br />

lugar onde são comercializadas. Porém não podem<strong>os</strong> desconsiderar que o “setor <strong>informal</strong>”<br />

é mais amplo e heterogêneo, embora apresente suas singularidades. Assim, este pode ser<br />

caracterizado como aqueles que:<br />

[...] exercem sua atividade em bancas ou barracas instaladas em divers<strong>os</strong><br />

pont<strong>os</strong> da cidade, sobretudo n<strong>os</strong> locais de grande trânsito de pessoas,<br />

como estações de metrô ou trens (ou seus arredores, terminais<br />

rodoviári<strong>os</strong> ou regiões centrais da cidade por onde passa, diariamente,<br />

um grande contingente de pessoas). (MARTINS, DOMBROWSKI, 2000,<br />

p. 43).<br />

Na visão de Sant<strong>os</strong> (1978) quanto à realidade que envolve o circuito inferior, tem<strong>os</strong><br />

que a idéia de maior produtividade, tornando-o mais capitalista, não resolveria as

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