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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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deficiências do sistema em que uns enriquecem e outr<strong>os</strong> se tornam ainda mais pobres. De<br />

acordo com o autor:<br />

Quando um mercado monopolista ou oligopolista se impõe, torna-se mais<br />

difícil absorver o trabalho excedente do que em condições competitivas.<br />

De acordo com Syl<strong>os</strong>-Labini (1969, p. 159), o problema do desemprego<br />

nesses cas<strong>os</strong> é dinâmico e não estático, visto que a organização<br />

monopolista tem uma capacidade reduzida de proporcionar emprego e<br />

desvia trabalhadores potenciais para setores da economia, em geral<br />

incapazes de oferecer salári<strong>os</strong> e empreg<strong>os</strong> permanentes. Não resta dúvida<br />

que outr<strong>os</strong> fatores além d<strong>os</strong> puramente técnic<strong>os</strong> estão em jogo. As<br />

empresas maiores, principalmente as corporações multinacionais, não<br />

estão interessadas em usar técnicas de trabalho intensivo, porque as<br />

massas operárias, com suas reivindicações e poder político, representam<br />

uma ameaça. (SANTOS, 1978, p. 68).<br />

Para muit<strong>os</strong> adept<strong>os</strong> do discurso neoliberal e individualista, <strong>os</strong> ambulantes e<br />

camelôs quando apresentam sucesso nas atividades são tid<strong>os</strong> como aqueles que não<br />

necessitam de proteção por parte do Estado, já que a sociedade surge com p<strong>os</strong>ições<br />

ambíguas no que tange às atividades informais, pois existem <strong>os</strong> que consideram um tipo de<br />

empreendimento perante a economia capitalista, pelo fato de alguns serem autônom<strong>os</strong>, e há<br />

aqueles que consideram uma anomalia, e portanto, criam uma imagem estereotipada<br />

associando esses trabalhadores à marginalidade, uma vez que <strong>os</strong> problemas ligad<strong>os</strong> à<br />

precariedade tanto do trabalho quanto d<strong>os</strong> níveis social e legal da <strong>informal</strong>idade estão<br />

presentes no cotidiano dessa categoria. (SILVA, 2003)<br />

Amadeo e Estevão (1984) discutem a partir da visão de Marglin o seguinte:<br />

As dificuldades para garantir a sobrevivência fora do setor capitalista<br />

sugerem que, no curto prazo pelo men<strong>os</strong>, não é preciso haver um<br />

reservation wage absoluto, ao men<strong>os</strong> não para a classe trabalhadora<br />

como um todo. Ou então, na falta de benefíci<strong>os</strong> para desempregad<strong>os</strong> e<br />

riqueza familiar acumulada, o reservation wage para a classe como um<br />

todo pode ser pensado como sendo zero: trabalhadores e suas famílias<br />

precisam comer, e qualquer salário é melhor que nenhum. (p. 104).<br />

De qualquer forma, encontram<strong>os</strong> várias explicações para as causas da<br />

<strong>informal</strong>idade, uma vez que podem ser atribuídas à situação de proteção e não-proteção d<strong>os</strong><br />

trabalhadores quanto à regularização frente às políticas do Estado, além das diferenças

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