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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Nessa perspectiva, ele argumenta que:<br />

A separação de classes é ao mesmo tempo ilusória e muito real. Ilusória,<br />

porque elas figuram na mesma sociedade, no mesmo “todo” que se<br />

sistematiza; além disso, há somente uma fonte de riqueza social. Real,<br />

porque elas existem socialmente e praticamente numa separação, mantida<br />

como tal, que vai até o conflito. (1999, p. 35).<br />

Assim, não há como negar que a <strong>informal</strong>idade veio suprimir as necessidades d<strong>os</strong><br />

desprovid<strong>os</strong> de trabalho 42 , mesmo sendo um subemprego ou emprego mascarado, que<br />

enfatiza a precarização do trabalho embora haja resistências por parte d<strong>os</strong> trabalhadores<br />

formais quanto à localização d<strong>os</strong> comerciantes informais em pont<strong>os</strong> da cidade que<br />

consideram problemátic<strong>os</strong>, até mesmo pela concorrência que acaba criando entre as duas<br />

categorias. Sant<strong>os</strong> (1981) aponta que:<br />

A essas diferenças der consumo correspondem diferenças de produção.<br />

A<strong>os</strong> dois níveis de consumo correspondem dois circuit<strong>os</strong> de produção.<br />

Assim, existe um setor industrial moderno, ao lado de um setor<br />

tradicional de pequenas indústrias, artesanato e <strong>comércio</strong>; <strong>os</strong> bens, apesar<br />

de pertencerem à mesma categoria, não têm a mesma qualidade, não se<br />

destinam às mesmas classes de consumidores, nem seguem <strong>os</strong> mesm<strong>os</strong><br />

circuit<strong>os</strong> de comercialização. (p. 41).<br />

Contudo, associam<strong>os</strong> essas diferenças de produção e consumo às diferenças<br />

espaciais, uma vez que refletem o processo de produção e reprodução do espaço urbano,<br />

pois:<br />

Nesse sentido, ao mesmo tempo que representa uma determinada forma<br />

do processo de produção e reprodução de um sistema específico, a cidade<br />

é também uma forma de apropriação do espaço urbano produzido. Como<br />

materialização do trabalho social, instrumento na criação da mais-valia é<br />

condição e meio para que se instituam relações sociais diversas. Como<br />

tal, apresenta um modo determinado de apropriação que se expressa<br />

através do solo urbano. O modo pelo qual esse uso se dará dependerá,<br />

evidentemente, d<strong>os</strong> condicionantes do seu processo de produção. No caso<br />

da sociedade capitalista estará determinado pelo processo de troca que se<br />

efetua no mercado, visto que todo produto capitalista só pode ser<br />

42<br />

É preciso salientar que esta prática comercial já existe há milhares de an<strong>os</strong>, como já fora ressaltado em<br />

outro momento deste trabalho.

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