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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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que há uma forma de sair desse impasse entre <strong>os</strong> desempregad<strong>os</strong> através do que chama de<br />

“economia solidária” que compreende a formação de cooperativas de produção e consumo<br />

defendendo a idéia de que “a economia sofreria uma expansão sem risco de superprodução,<br />

a não ser que as novas pequenas empresas se concentrassem em apenas um ou pouc<strong>os</strong><br />

ram<strong>os</strong> (SINGER, 2000, p. 120)”. Mas, sobre esse assunto, aponta uma solução estratégica<br />

no sentido de se buscar:<br />

Uma maneira de criar o novo setor de reinserção produtiva é fundar uma<br />

cooperativa de produção e de consumo, à qual se associarão a massa d<strong>os</strong><br />

sem-trabalho e d<strong>os</strong> que sobrevivem precariamente com trabalho incerto.<br />

Quanto maior o número de empresas da cooperativa, tanto melhores suas<br />

chances de sucesso. (SINGER, 2002, p. 122).<br />

E pr<strong>os</strong>segue com a seguinte análise:<br />

O compromisso básico d<strong>os</strong> cooperad<strong>os</strong> seria o de dar preferência a<strong>os</strong><br />

produt<strong>os</strong> da própria cooperativa e <strong>os</strong> gast<strong>os</strong> da receita obtid<strong>os</strong> da venda<br />

de seus produt<strong>os</strong> a outr<strong>os</strong> cooperad<strong>os</strong> deveriam ser feit<strong>os</strong> com uma<br />

moeda própria, diferente da moeda geral do país, digam<strong>os</strong> um “Sol” (de<br />

solidariedade) em vez de Real. O uso desta moeda, que só terá validade<br />

para pagar produt<strong>os</strong> do novo setor, dará a proteção de mercado que as<br />

pequenas empresas precisam para poder se viabilizar.(SINGER, 2000, p.<br />

123)<br />

De acordo com esses apontament<strong>os</strong> o próprio autor ressalta que é preciso haver uma<br />

estratégia para absorver <strong>os</strong> desempregad<strong>os</strong> de forma específica sem deixar de lado parcelas<br />

dessa população, uma vez que as tentativas de produção simples das mercadorias não<br />

atingem o sucesso esperado por tod<strong>os</strong>, considerando também <strong>os</strong> mercad<strong>os</strong> limitad<strong>os</strong> quanto<br />

a<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> que são fabricad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>, podendo ser incluíd<strong>os</strong> <strong>os</strong> seguintes:<br />

hortaliças, frutas, pequen<strong>os</strong> animais, confecção de roupas, vendas de produt<strong>os</strong> em<br />

joalherias, butiques, antiquári<strong>os</strong>, serviç<strong>os</strong> de saúde, educação, entretenimento dentre outr<strong>os</strong><br />

(SINGER, 2000).<br />

Para as demais mercadorias que ficam à margem e que vivem na quase ilegalidade<br />

aponta o setor <strong>informal</strong>, “comp<strong>os</strong>to por atividades extremamente precárias e que deixa seus<br />

produtores numa penumbra entre a marginalidade social e a superexploração do trabalho<br />

familiar em domicílio” (SINGER, 2000, p. 130). A idéia que o autor desenvolve a respeito<br />

de uma cooperativa é interessante do ponto de vista da organização das pessoas que<br />

trabalham por conta própria e que vivem nas esquinas buscando a sobrevivência, pois ainda

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