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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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E pr<strong>os</strong>segue afirmando que:<br />

A “margem de manobra” desses indivídu<strong>os</strong>, frente às alternativas p<strong>os</strong>tas<br />

pela forma de sociabilidade orientada pela acumulação do capital, é<br />

mínima. A histórica formação socioeconômica altamente precária destes<br />

trabalhadores, lhes impõe séri<strong>os</strong> limites e não lhes dá muitas alternativas,<br />

a não ser a tentativa de se aventurarem em busca e nov<strong>os</strong> ambientes, que<br />

lhes p<strong>os</strong>sibilitem utilizar novas ou antigas estratégias de sobrevivência,<br />

sem lhes dar margem ao planejamento de uma carreira profissional.<br />

(TOMÉ, 2003, p. 283)<br />

[...] acredita-se que estes trabalhadores dit<strong>os</strong> “informais”, assim como<br />

qualquer outro homem e mulher fazem escolhas, decidem entre as<br />

alternativas existentes, mas não podem mudar <strong>os</strong> efeit<strong>os</strong> dessas crises.<br />

Não podem antever em conformidade com as suas intenções iniciais. Por<br />

isso, estes homens e mulheres, indivídu<strong>os</strong> singulares, com experiências<br />

múltiplas, não podem ser vist<strong>os</strong> simplesmente como vítimas inertes de<br />

um sistema que <strong>os</strong> subjuga. Essas decisões são orientadas por cert<strong>os</strong><br />

valores, hábit<strong>os</strong>, concepções de mundo, ou seja, por ideologias que são<br />

expressas dessa forma de organização social extremamente injusta.<br />

(TOMÉ, 2003, p. 289)<br />

Na visão de Sant<strong>os</strong> (1979), a divisão do trabalho no circuito inferior constitui:<br />

Um elemento multiplicador. Antes de mais nada, ela estimula a utilização<br />

produtiva do capital. A freqüência das trocas aumenta a rapidez das<br />

transações e, por isso mesmo, multiplica a formação d<strong>os</strong> lucr<strong>os</strong>, qualquer<br />

que seja seu volume. De outro lado, a multiplicidade d<strong>os</strong> at<strong>os</strong> de<br />

<strong>comércio</strong> age como acelerador da circulação da moeda. (p. 197).<br />

A realidade do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> aponta para uma precarização das condições de<br />

trabalho de algumas pessoas, principalmente daquelas que ficam nas ruas e que precisam<br />

enfrentar tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> tip<strong>os</strong> de problemas, mas preferem estar naquela localização pel<strong>os</strong> flux<strong>os</strong><br />

intens<strong>os</strong> e a p<strong>os</strong>sibilidade das vendas serem maiores do que se estivessem instalad<strong>os</strong> em<br />

outro local. A precarização ocorre porque <strong>os</strong> trabalhadores ficam à margem d<strong>os</strong> benefíci<strong>os</strong><br />

que poderiam ter se trabalhassem com carteira assinada. Cavalcanti (1980) já discutiu a<br />

temática d<strong>os</strong> informais na região nordestina sob o prisma de sua viabilização a partir de:<br />

Iniciativas amplas que tencionem prover assistência ao setor <strong>informal</strong> -<br />

quer seja ele o de Fortaleza, quer o de qualquer outra cidade nordestina -<br />

têm que guiar-se por tríplice objetivo. Em primeiro lugar, é mister não<br />

causar transtorn<strong>os</strong> à capacidade de geração de empreg<strong>os</strong> das atividades

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