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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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de tudo, dependendo da estação e do calendário de festas e atividades.<br />

Em dias de jog<strong>os</strong> de futebol abundam bandeiras, camisas, bonés, fitas,<br />

d<strong>os</strong> times envolvid<strong>os</strong>. Quando o Brasil está na final de algum evento<br />

esportivo são bandeiras brasileiras que estão em tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> pont<strong>os</strong><br />

movimentad<strong>os</strong> da cidade. No dia das mães, d<strong>os</strong> namorad<strong>os</strong>, das<br />

secretárias, de finad<strong>os</strong>, há flores por tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> lad<strong>os</strong>. Durante <strong>os</strong> dias da<br />

semana e n<strong>os</strong> finais de semana a freqüência é diferenciada por tratar-se<br />

de atividade sensível ao fluxo de pessoas. E este é variável em função das<br />

24 horas do dia entre dias da semana e finais de semana. A rua pode ter o<br />

sentido do mercado/ aquele vinculado à troca com destino – aqui é o<br />

lugar da feira que reúne pessoas, a rua ocupada pel<strong>os</strong> camelôs, como<br />

podem<strong>os</strong> ver nom caso do centro de São Paulo. A rua pode ter o sentido<br />

da festa ao final d<strong>os</strong> campeonat<strong>os</strong> esportiv<strong>os</strong> mundiais de que o Brasil<br />

participa, ou mesmo nas finais do campeonato paulista ou brasileiro de<br />

futebol, quando <strong>os</strong> torcedores tomam as ruas para comemorar. A rua<br />

pode ter o sentido da reivindicação – é na cidade que emergem as lutas<br />

que se manifestam enquanto moviment<strong>os</strong> que ganham visibilidade<br />

quando tomam <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, principalmente <strong>os</strong> pont<strong>os</strong> de<br />

<strong>centralidade</strong>. (CARLOS, 1996, p. 89).<br />

Essas considerações destacadas pela autora fazem parte do perfil da metrópole<br />

paulistana, mas servem para enfocar n<strong>os</strong>sas prop<strong>os</strong>ições sobre as manifestações que<br />

ocorrem na rua, uma vez que não é preciso viver na metrópole para identificar <strong>os</strong><br />

moviment<strong>os</strong> que caracterizam a vida nas cidades. Mais uma vez, Carl<strong>os</strong> (1996) considera<br />

que:<br />

Aqui o tempo é o tempo da sociedade capitalista, é o ritmo do trabalho, e<br />

o contato é aquele imp<strong>os</strong>to pela troca que seduz, tenta e transforma a<br />

cidade em vitrine, luzes coloridas de néon, em imagens. (p. 92).<br />

A imp<strong>os</strong>ição da troca também está presente no <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong>, uma vez que a<br />

rua viabiliza o contato entre quem vende a mercadoria e quem a compra, não constituindo<br />

um grupo, mas sim, mediações que se manifestam a partir da mercadoria. Mais uma vez, a<br />

relação da dominação se estabelece no cotidiano das ruas imp<strong>os</strong>to pelo valor de troca.<br />

Precisam<strong>os</strong> levar em consideração as lutas que se travam nesse espaço, já que se falam<strong>os</strong> de<br />

consumo do espaço e espaço do consumo, se apontam<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> da área central, se<br />

enfocam<strong>os</strong> atividades formais e informais na organização ou desorganização do centro das<br />

cidades, é preciso avaliar que:<br />

A cidade, objeto de uso herdado do passado, é transformada em objeto de<br />

roca e de consumo, do mesmo modo que as “coisas” negociáveis. Esta

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