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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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extensão maior, ou seja, a segunda contém a organização da primeira e que, ainda, devem<strong>os</strong><br />

interpretar no contexto da economia <strong>informal</strong> de um modo geral, pois, essa categoria<br />

trabalha sem registr<strong>os</strong> na carteira de trabalho e fica desprovida d<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> legais. Assim,<br />

para Malaguti (2000) é preciso haver um esclarecimento mais detalhado sobre o assunto,<br />

visto que:<br />

Um primeiro passo para a apreensão teórica da “<strong>informal</strong>idade” implica<br />

uma clara distinção entre “<strong>informal</strong>idade” e “setor <strong>informal</strong>”. Em geral,<br />

<strong>os</strong> especialistas em Economia e Sociologia do Trabalho utilizam<br />

indistintamente <strong>os</strong> dois conceit<strong>os</strong>. No entanto, a “<strong>informal</strong>idade” é um<br />

conceito muito mais amplo do que o de “setor <strong>informal</strong>”. O setor<br />

<strong>informal</strong> expressa apenas um aspecto da <strong>informal</strong>idade, mas sem esgotálo.<br />

(p. 99).<br />

Sant<strong>os</strong>, como já salientam<strong>os</strong>, apresenta a terminologia ligada a<strong>os</strong> circuit<strong>os</strong> da<br />

economia para caracterizar <strong>os</strong> setores formal e <strong>informal</strong> dizendo que:<br />

Não se poderia caracterizar <strong>os</strong> dois circuit<strong>os</strong> da economia <strong>urbana</strong> através<br />

de variáveis isoladas. Antes, é necessário considerar o conjunto dessas<br />

atividades. Mas pode-se dizer, desde já, que a diferença fundamental<br />

entre as atividades do circuito inferior está baseado nas diferenças de<br />

tecnologia e organização. (SANTOS, 1979, p.33)<br />

Para aprofundar melhor o que vem a ser a <strong>informal</strong>idade e por que ela se faz<br />

presente em n<strong>os</strong>so cotidiano, Malaguti (2000) expressa a seguinte argumentação:<br />

[...] a <strong>informal</strong>idade é, hoje, o “arrimo” da maior parte da população<br />

brasileira. Portanto, constitui a regra nacional de pertencimento ao<br />

mundo do trabalho. O problema é, pois, o de encontrar-se nov<strong>os</strong><br />

instrument<strong>os</strong> teóric<strong>os</strong> que permitam detectar e compreender esta nova<br />

padronização do mercado e da legislação do trabalho, em toda sua<br />

complexidade, desvendando sua lógica, suas formas de reprodução, as<br />

redes de sociabilidade que engendra, suas ligações com a pequena<br />

marginalidade e com o crime. Além, é claro, de sua estreita colaboração<br />

com o grande capital e seu papel na crise estrutural do capitalismo<br />

mundial. (p. 81).<br />

As colocações do respectivo autor são relevantes de acordo com a análise que<br />

fazem<strong>os</strong> a respeito do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong>, pois está relacionada com o fato da <strong>informal</strong>idade<br />

ter sido a “solução” encontrada para enfrentar <strong>os</strong> problemas com a sup<strong>os</strong>ta falta de<br />

“empreg<strong>os</strong>” (MALAGUTI, 2000), mas é necessário considerar que há outr<strong>os</strong> fatores que

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