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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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numa mesma cidade” (SOBARZO, 2004, p. 151). De fato, o que n<strong>os</strong> interessa sobre tais<br />

apontament<strong>os</strong>, é o movimento que envolve o centro da cidade, pois a forma como <strong>os</strong><br />

cidadã<strong>os</strong> se apropriam da área central reflete a importância quanto a<strong>os</strong> us<strong>os</strong> para cada<br />

indivíduo. Assim:<br />

No centro da cidade, é preciso caminhar e se apropriar das ruas até o<br />

destino: novamente a apropriação pelo corpo, trajetórias que se cruzam<br />

na praça ou no calçadão, público ou privado interagindo, as pessoas<br />

como seres individuais conformando um público, privatizando-o por<br />

meio do seu uso. (SOBARZO, 2004, p. 153).<br />

Essa análise revela que a dinâmica do centro das cidades destaca uma apropriação<br />

que se manifesta nas intenções e na maneira como cada indivíduo concebe esta área, uma<br />

vez que é uma apropriação de moviment<strong>os</strong> “lent<strong>os</strong>” que p<strong>os</strong>sibilita o conhecimento e o<br />

reconhecimento na e da cidade, pois “a apropriação pelo corpo, no uso cotidiano, permite a<br />

superação do espaço abstrato, porque no uso se manifesta a vida, a necessidade de produção<br />

e reprodução d<strong>os</strong> habitantes” (SOBARZO, 2004, p. 153)<br />

Ainda, para Sobarzo, com relação ao centro das cidades, “é comum ouvir falar sobre<br />

a decadência ou até morte destes, assim como sobre as iniciativas para sua revitalização”<br />

(2004, p. 156). Entretanto, buscam<strong>os</strong> enfatizar que em algumas cidades o centro deixou de<br />

expressar sua força em relação às demais áreas devido ao surgimento de nov<strong>os</strong> eix<strong>os</strong>, nov<strong>os</strong><br />

nós de circulação, mas há uma população que porventura, faz uso d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> centrais<br />

mediante as necessidades e interesses que a orientam no sentido da identidade da referida<br />

área. Sobarzo (2004, p. 202) destaca que “é justamente essa população que se apropria do<br />

centro e que no seu uso cotidiano o enche de movimento e vida, transformando-o num<br />

lugar que cria identidade e permite o reconhecimento”.<br />

Na verdade, o reconhecimento do centro ocorre para tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> seus usuári<strong>os</strong> na<br />

perspectiva do conteúdo expressivo no movimento das ações e p<strong>os</strong>sibilidades, uma vez que<br />

a objetividade dada pelo sistema capitalista produzindo e reproduzindo o espaço da<br />

dominação apresenta relações subjetivas que permitem a apropriação no plano do vivido, já<br />

que é na “apropriação cotidiana que o espaço se abre às p<strong>os</strong>sibilidades”. (SOBARZO, 2004,<br />

p. 179). A apropriação do centro, então, com suas resistências e persistências caracteriza<br />

um conjunto prático de forças que controlam e comandam o espaço atrelado à modificação

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