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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Para muitas cidades o centro, p<strong>os</strong>tulado como principal e tradiciona, concentra e<br />

condensa as atividades do setor terciário, fundamentais para caracterizar o dinamismo dessa<br />

área num processo que coloca em evidência a própria produção do espaço urbano, produção<br />

esta que vem mesclada por um conteúdo construído socialmente. Diante desses<br />

apontament<strong>os</strong> é que procuram<strong>os</strong> um sentido para compreender a dinâmica do centro urbano<br />

de Anápolis, no Estado de Goiás, através do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong>. A n<strong>os</strong>sa prop<strong>os</strong>ta de<br />

trabalho foi entender a dinâmica do centro a partir das estratégias socioespaciais e das<br />

novas formas de comercialização com base n<strong>os</strong> camelôs e ambulantes que se instalaram<br />

nessa área.<br />

Essa análise também se refere ao consumo como prática existente há milhares de<br />

an<strong>os</strong> e que se fundamenta no sentido da existência do centro urbano, visto que a<br />

expressividade da cidade como um produto de relações capitalistas é a própria (ou busca,<br />

necessidade?) do consumo, que se apresenta como um elemento de grande relevância para<br />

compreenderm<strong>os</strong> a dinâmica atual.<br />

A análise d<strong>os</strong> fat<strong>os</strong> não deve ser fragmentada, isto é, não podem<strong>os</strong> fazer um esforço<br />

para entender apenas o centro da cidade ou <strong>os</strong> seus centr<strong>os</strong> isolad<strong>os</strong> do contexto em que se<br />

inserem, pois é preciso olhar para “a cidade e o urbano - e toda sociedade - como uma<br />

unidade aquém e além das fragmentações analíticas” (LEFÈBVRE, 1991, p. 35).<br />

Com base nesses apontament<strong>os</strong>, enfocam<strong>os</strong> algumas indagações para uma análise<br />

mais pormenorizada da temática, isto é, como analisar a cidade, o centro e <strong>os</strong> centr<strong>os</strong> a<br />

partir do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong>? O camelódromo é uma iniciativa p<strong>os</strong>itiva? Pode ser entendido<br />

como uma nova e/ou velha forma de <strong>comércio</strong>? O centro é indutor de uma <strong>centralidade</strong><br />

<strong>urbana</strong> já confirmada e reestabelecida em função do papel que desempenha na escala intra<strong>urbana</strong>?<br />

Enfim, tentar esclarecer esses questionament<strong>os</strong> faz parte do processo que envolve a<br />

construção do conhecimento na pesquisa e a incessante busca em desvendar as vicissitudes<br />

do espaço, mais precisamente, o urbano.<br />

1.1. O surgimento e apropriação do centro das cidades.<br />

Buscam<strong>os</strong>, de forma sintética, analisar o centro das cidades na morfologia <strong>urbana</strong> de<br />

acordo com a lógica do capital, uma vez que divers<strong>os</strong> autores têm realizado pesquisas numa

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