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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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a história tornou-se indispensável para a compreensão d<strong>os</strong> process<strong>os</strong><br />

responsáveis pela configuração do espaço urbano. Por outro lado, muitas<br />

vezes, parecia estar presente, nessa nova p<strong>os</strong>sibilidade de análise, a<br />

existência de um tempo hegemônico como único definidor da dinâmica<br />

<strong>urbana</strong>. A insatisfação com essa perspectiva tem levado vári<strong>os</strong> autores a<br />

considerar a prop<strong>os</strong>ição de uma leitura do espaço urbano em que as<br />

formas espaciais sejam interpretadas a partir da pluralidade de temp<strong>os</strong>.<br />

(TRINDADE JR., 2004, p. 241)<br />

Relacionando as idéias do autor com as de Beltrão Sp<strong>os</strong>ito (1991) fica evidente que:<br />

Esta expansão do centro não foi um processo de absorção/transformação<br />

linear e homogêneo das áreas justap<strong>os</strong>tas a ele, mas revelou um<br />

heterogeneidade que muitas vezes permitiu as áreas de degradação -<br />

“vácu<strong>os</strong>” funcionais e, em outr<strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, a rápida ou gradativa<br />

transformação do uso residencial de padrão médio ou alto em uso<br />

comercial e de serviç<strong>os</strong>, permitindo convivência temporal destes us<strong>os</strong>. (p.<br />

9)<br />

Sob esse aspecto Salgueiro (1998) também aponta que:<br />

[...] devem<strong>os</strong> referir o padrão aleatório destes nov<strong>os</strong> aconteciment<strong>os</strong><br />

urban<strong>os</strong>. Ora surgem no centro, ora na periferia, uns são fruto da<br />

reabilitação de imóveis degradad<strong>os</strong>, outr<strong>os</strong> nascem com a renovação de<br />

áreas obsoletas, outr<strong>os</strong> ainda são construíd<strong>os</strong> de raiz num local que<br />

rapidamente ganhou acessibilidade. (p. 41).<br />

Outra forma de crescimento da área central é o subcentro 24 , uma vez que é uma<br />

região que se configura pela imagem do próprio centro por concentrar atividades<br />

comerciais e de serviç<strong>os</strong> numa proporção menor que o mesmo. De acordo com Beltrão<br />

Sp<strong>os</strong>ito (1991):<br />

Tais atividades voltadas para um público mais restrito, funcional ou<br />

economicamente (como exemplo, livrarias especializadas, galerias de<br />

arte, oficinas de confecção de calçad<strong>os</strong> sob medida, etc.) estavam<br />

localizadas predominantemente no centro principal; a partir da década de<br />

80, estas atividades têm procurado novas localizações, ou em função do<br />

aumento do preço da terra no centro e/ou porque o público ao qual se<br />

destinam já não circula com tanta freqüência nesta área. (p. 10).<br />

24 Estes podem ser visualizad<strong>os</strong> em cidades de médio porte e nas metrópoles, uma vez que estas apresentam<br />

inúmer<strong>os</strong> subcentr<strong>os</strong> e podendo ser considerad<strong>os</strong> muitas vezes como centr<strong>os</strong> regionais por concentrarem um<br />

número elevado de pessoas.

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