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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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pode ser caracterizado, em primeiro lugar, como um espaço de comunicações para a<br />

integração de know-how e produção cultural (BENKO, 1996, p. 79).<br />

Consideram<strong>os</strong> que, atualmente, a economia d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> impulsiona as mudanças no<br />

mercado, pois buscam<strong>os</strong> ter acesso a<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> pessoais, educacionais e de lazer,<br />

rompendo fronteiras com o deslocamento das indústrias, das empresas e do próprio setor<br />

terciário, acirrando o processo de reestruturação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> no interior das cidades. Os<br />

nov<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> comerciais, ao se localizarem em áreas onde ocorre uma ampliação do setor<br />

comercial e de serviç<strong>os</strong>, proporcionam a formação de nov<strong>os</strong> pont<strong>os</strong>, e conseqüentemente, a<br />

ampliação das respectivas atividades, ocasionando, de fato, um processo de valorização<br />

dessas novas áreas através da constituição de nov<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> de circulação. Tal situação acaba<br />

por interferir no m<strong>os</strong>aico da estrutura <strong>urbana</strong> com <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que passam a redefinir a<br />

própria (re)produção espacial e as novas relações sociais.<br />

É preciso salientar que não verificam<strong>os</strong> mais na maioria das cidades a constituição<br />

de um centro único, que monopoliza as estratégias do capital, ou seja, as mudanças na<br />

estrutura interna <strong>urbana</strong> assinalam o processo de expansão das áreas centrais, e por<br />

conseguinte, a multiplicação da <strong>centralidade</strong>, que se manifesta n<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> que vão se<br />

formando, em virtude principalmente, do crescimento das mesmas.<br />

O afastamento das pessoas que residiam nas áreas consideradas centrais favoreceu o<br />

que chamam<strong>os</strong> de expansão <strong>urbana</strong>, pois houve a absorção de novas áreas ao tecido urbano<br />

e, próximas ao centro, que por sua vez, passou a ser ocupado pelas atividades do setor<br />

terciário (<strong>comércio</strong> e serviç<strong>os</strong>), enquanto que a população buscou se (re)alocar em outras<br />

áreas consideradas sub<strong>urbana</strong>s. Assim, o centro passou por um processo de reestruturação<br />

de suas funções, com muitas sendo instaladas em locais onde havia residências, podendo<br />

ser caracterizado como destacou Sant<strong>os</strong>, (1996) de “espaço herdado”, cujas velhas formas<br />

estavam sendo adaptadas por novas funções e outras sendo construídas para abrigar as<br />

novas atividades num processo que revela o “novo” e o “velho” como parte integrante da<br />

(re)estruturação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> intra-urban<strong>os</strong> num movimento em que as temporalidades e as<br />

espacialidades refletem a dinâmica da sociedade. Sobre isto tem<strong>os</strong> o seguinte:<br />

É notória a definitiva inclusão do tempo, por parte da ciência geográfica,<br />

como elemento importante na análise das formações <strong>urbana</strong>s. Nessa<br />

perspectiva, a cidade passou a ser considerada não apenas uma simples<br />

forma, mas, principalmente, uma forma-conteúdo, assim, como também,

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