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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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portanto, da forma <strong>urbana</strong>, mesmo quando aparecem em locais como as<br />

rodovias. Assim, entendem<strong>os</strong> que a análise do <strong>comércio</strong> permite uma<br />

melhor compreensão do espaço urbano, na medida em que <strong>comércio</strong> e<br />

cidade são element<strong>os</strong> indissociáveis, como podem<strong>os</strong> comprovar<br />

historicamente. (p. 144).<br />

Contudo, o espaço precisa ser compreendido como mercadoria que enfatiza <strong>os</strong> us<strong>os</strong><br />

através da apropriação 43 e que é um processo presente e marcante na cidade, uma vez que:<br />

A apropriação do espaço ganha importância nesse processo, pois é uma<br />

condição prévia e necessária à valorização. É por isso que podem<strong>os</strong> dizer<br />

que a valorização do espaço se dá de diversas formas no decorrer da<br />

história, dependendo, sobretudo d<strong>os</strong> avanç<strong>os</strong> das forças produtivas e das<br />

novas relações sociais que delas emergem. (ORTIGOZA, 2001, p. 2).<br />

A visão de Carlo (2002) n<strong>os</strong> aponta que:<br />

No contexto em que novas áreas adquirem valor de uso, o processo de<br />

apropriação passa a ser determinado pelas leis do mercado, isto é,<br />

definido pela sua trocabilidade. Nesse caso, as parcelas do espaço, sob a<br />

forma de mercadoria, se encadeiam ao longo d<strong>os</strong> circuit<strong>os</strong> da troca – a<br />

partir de uma estratégia e de uma lógica. Assim as particularidades d<strong>os</strong><br />

lugares do espaço se afirmam, potencializadas pela produção, pois o uso<br />

só pode se realizar num determinado lugar, isto é, refere-se à escala local<br />

(apesar de articulad<strong>os</strong> cada vez mais ao global – pela constituição da<br />

sociedade <strong>urbana</strong>). O espaço dominado, controlado, impõe não apenas<br />

mod<strong>os</strong> de apropriação, mas comportament<strong>os</strong>, gest<strong>os</strong>, model<strong>os</strong> de<br />

construção que excluem/incluem. (p. 179).<br />

De acordo com as considerações da referida autora podem<strong>os</strong>, ainda, avaliar que é no<br />

espaço que a vida se concretiza, que as relações se fortalecem, sendo o resultado das várias<br />

formas de apropriação deste com relação a cada período histórico, o que n<strong>os</strong> remete apontar<br />

o consumo como fator primordial no processo de transformação da cidade como palco das<br />

manifestações contínuas e, por que não dizer às vezes, ilimitadas, pois Lefèbvre (1991)<br />

considera que tais mudanças ocorrem não apenas por process<strong>os</strong> globais, mas também:<br />

[...] em função de modificações profundas no modo de produção, nas<br />

relações “cidade-campo”, nas relações de classe e de propriedade. O<br />

43 Sobre este assunto já fizem<strong>os</strong> algumas referências no primeiro item deste capítulo.

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