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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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As considerações de Burgess na Escola de Chicago, a partir da década de 1920,<br />

juntamente com McKenzie e Park, estão pautadas na definição da forma <strong>urbana</strong>, com<br />

análises sobre a relação centro-periferia. McKenzie aponta para o fato de que “as relações<br />

espaciais eram dependentes das forças de competição econômica e seleção funcional”<br />

(GOTTDIENER, 1993, p. 39). No caso, a idéia de Park é a de que a cidade é uma<br />

aglomeração de indivídu<strong>os</strong> e equipament<strong>os</strong> coletiv<strong>os</strong> e deveria ser analisada sob a<br />

perspectiva da Ecologia Humana. (VASCONCELOS, 1999).<br />

Burgess 12 , então, propôs um modelo de zona concêntrica, cuja cidade deveria ser<br />

dividida em círcul<strong>os</strong>, tendo primeiramente o loop (centro de negóci<strong>os</strong>), que podem<strong>os</strong><br />

associar ao C.D.B, seguido da zona de transição (<strong>comércio</strong> e manufatura leve), zona de<br />

moradia de operári<strong>os</strong>, zona residencial de prédi<strong>os</strong> de apartamento de alta classe, bairr<strong>os</strong><br />

com casas individuais e as áreas sub<strong>urbana</strong>s e as cidades satélites (VASCONCELOS,<br />

1999). Esse modelo também tinha como fundamento a competição pela melhor localização<br />

para <strong>os</strong> us<strong>os</strong> residencial, industrial e comercial e ampliado pela idéia de <strong>centralidade</strong>, visto<br />

que “todas as p<strong>os</strong>ições não são iguais em competição espacial - existe uma hierarquia por<br />

força de sua localização central” (GOTTDIENER, 1993, p. 42). Essa teoria também revela<br />

a estrutura interna das cidades mediante <strong>os</strong> process<strong>os</strong> de centralização e descentralização<br />

imbricad<strong>os</strong> pela expansão e diferenciação d<strong>os</strong> lugares, o que também tem em comum com a<br />

relação centro-periferia e que se justifica pela idéia de competição entre <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> grup<strong>os</strong><br />

sociais e forças econômicas. (GOTTDIENER, 1993)<br />

Em resp<strong>os</strong>ta a essa teoria elaborada por Burgess em 1923, Harris e Ullman lançam<br />

uma crítica em 1945 de acordo com a teoria d<strong>os</strong> núcle<strong>os</strong> múltipl<strong>os</strong> que contemplava <strong>os</strong><br />

valores culturais como sendo importantes na “determinação de decisões sobre localização e<br />

sua dependência da competição econômica como critério predominante em interação<br />

social” (GOTTDIENER, 1993, p. 43). Assim, para <strong>os</strong> respectiv<strong>os</strong> autores, a cidade tem<br />

uma estrutura celular, cuj<strong>os</strong> diferentes tip<strong>os</strong> de us<strong>os</strong> do solo se desenvolvem ao redor d<strong>os</strong><br />

núcle<strong>os</strong>, localizad<strong>os</strong> no interior da área <strong>urbana</strong>. (JOHNSON, 1974).<br />

12 Esta idéia foi extraída de GOTTDIENER, Mark. A Produção Social do Espaço Urbano, 1993.

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