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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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quanto a<strong>os</strong> níveis salariais. Outra questão apontada refere-se a<strong>os</strong> elevad<strong>os</strong> índices de<br />

superpopulação, que por sua vez, geram o desemprego por não conseguirem absorver toda<br />

a mão-de-obra disponível, o excedente tecnológico e a inclusão da mulher no mercado de<br />

trabalho, a comp<strong>os</strong>ição da força de trabalho <strong>informal</strong>, a multiplicidade do emprego do setor<br />

<strong>informal</strong> e também a ligação d<strong>os</strong> informais com a pobreza (SILVA, 2003).<br />

É importante destacar que para tod<strong>os</strong> esses apontament<strong>os</strong> há uma explicação, visto<br />

que <strong>os</strong> trabalhadores informais ficam desprotegid<strong>os</strong> no que tange à irregularidade perante o<br />

sistema econômico. Como entender <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> com infra-estrutura que são<br />

cedid<strong>os</strong> a<strong>os</strong> ambulantes para trabalharem? Na visão de Silva (2003), isto faz parte do<br />

esquema de proteção, além do fato de que muit<strong>os</strong> informais ganham mais que um salário<br />

mínimo, o que não justifica dizer que o valor acumulado no final de cada mês é irrisório.<br />

Com relação ao desemprego e à superpopulação, uma vez que muit<strong>os</strong> autores<br />

apontam esses fatores como causa da <strong>informal</strong>idade, Silva (2003) considera que no caso<br />

brasileiro a taxa de crescimento demográfico diminuiu em relação a<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> períod<strong>os</strong> que<br />

antecedem à década de noventa, além da queda na taxa de fecundidade, pois aponta que as<br />

mulheres apresentavam na década de setenta, 5,4 filh<strong>os</strong>, e em 2001, 2,18, de acordo com<br />

informações do IBGE de 1999. Silva ainda ressalta que é complicado falar em precarização<br />

das condições do trabalho associada ao desemprego, pois houve um crescimento da própria<br />

economia nesse período.<br />

A saída da mulher para o mercado de trabalho, não pode de acordo com este, ser a<br />

causa do elevado índice de desemprego, pois a modernização produtiva imp<strong>os</strong>ta pelo Plano<br />

Real em 1994 favoreceu o aumento do desemprego em função do neoliberalismo, acirrando<br />

as desigualdades sociais aliadas à baixa qualificação profissional, visto que as mulheres<br />

ingressaram no mundo do trabalho devido a<strong>os</strong> baix<strong>os</strong> salári<strong>os</strong> recebid<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> marid<strong>os</strong> ou<br />

outr<strong>os</strong> parentes (SILVA, 2003).<br />

As questões que envolvem a permanência ou não d<strong>os</strong> trabalhadores na<br />

<strong>informal</strong>idade, segundo Silva, citando outr<strong>os</strong> autores, fazem parte de um processo que<br />

envolve uma situação que não é transitória e nem um trampolim para se chegar à<br />

formalidade, visto que o setor <strong>informal</strong> tornou-se um ponto de apoio para a resolução de<br />

parte d<strong>os</strong> problemas ligad<strong>os</strong> ao desemprego. (SILVA, 2003). No que tange à pobreza e ao<br />

desenvolvimento do setor <strong>informal</strong>, a autora avalia que o próprio governo cria condições

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