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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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as duas formas integradas de organização econômica <strong>urbana</strong>. Mas, em<br />

tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> cas<strong>os</strong>, o fenômeno d<strong>os</strong> dois circuit<strong>os</strong> está presente. (SANTOS,<br />

1979, p. 29).<br />

No entanto, o que percebem<strong>os</strong> é que o fenômeno da <strong>informal</strong>idade apresenta suas<br />

singularidades no contexto das práticas socioespaciais, uma vez que as formais também têm<br />

suas próprias formas de organização do espaço, mas que se complementam na medida em<br />

que se difundem novas formas de <strong>comércio</strong> e consumo. Sant<strong>os</strong> (1979, p. 28) alerta que “o<br />

erro maior é, portanto, reutilizar seus argument<strong>os</strong> numa época histórica diferente e em que<br />

<strong>os</strong> fenômen<strong>os</strong> são melhor conhecid<strong>os</strong>.” Isto pode ser justificado pelas mudanças quanto à<br />

estruturação das atividades informais que estão organizadas atualmente de maneira<br />

diferenciada se comparada ao surgimento, pois se ela se revela amplamente presente e não<br />

provisoriamente, como muit<strong>os</strong> consideravam é importante tomarm<strong>os</strong> como parâmetro de<br />

análise as mudanças recentes para não generalizarm<strong>os</strong> o fenômeno da <strong>informal</strong>idade.<br />

Retrocedendo um pouco no tempo, tem<strong>os</strong> algumas explicações para o termo camelô<br />

ou mesmo ambulante e que para Ramires (2001) se diferenciam do mascate. Assim:<br />

O tipo social do mascate está associado ao momento em que, com o fim<br />

do trabalho escravo, muit<strong>os</strong> imigrantes passaram a vir para o Brasil,<br />

movid<strong>os</strong> pelo sonho de novas (e boas) p<strong>os</strong>sibilidades de trabalho. Nessa<br />

época, (1) a ausência de uma rede nacional de estabeleciment<strong>os</strong><br />

comerciais, sobretudo que abrangesse as pequenas e médias localidades<br />

do interior, fez com que a figura do mercador viajante f<strong>os</strong>se fundamental<br />

para a circulação de mercadorias; além do mais, as p<strong>os</strong>sibilidades de<br />

ascensão social abertas a<strong>os</strong> que se dispusessem a ser mascates,<br />

configuravam essa atividade como uma alternativa deliberada, sobretudo<br />

para <strong>os</strong> estrangeir<strong>os</strong> (italian<strong>os</strong>, sírio-libaneses etc). (p. 213).<br />

Ramires (2001), nessa análise, faz menção à origem da palavra camelô, que por sua<br />

vez está ligada ao termo francês camelot e destaca que o pensamento social brasileiro tem<br />

ligação com a França, uma vez que há críticas quanto às idéias de muit<strong>os</strong> por associar o<br />

Brasil a<strong>os</strong> países europeus e american<strong>os</strong>, tomando como referência a realidade de outr<strong>os</strong><br />

países para buscar soluções e, até mesmo, explicar <strong>os</strong> problemas socias, polític<strong>os</strong> e<br />

econômic<strong>os</strong> brasileir<strong>os</strong>.<br />

Para Gonçalves (2000):

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