13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O interessante é que ao perguntarm<strong>os</strong> se pensam em ter outra atividade, 55,56% (80<br />

pessoas) disseram que sim e 38,89% , ou seja, 56, apontaram que não, embora as resp<strong>os</strong>tas<br />

para a pergunta elaborada para saberm<strong>os</strong> quais as perspectivas futuras revelam que 29%<br />

pensam em ampliar o número de bancas, enquanto que 15% pensam em arrumar outra<br />

atividade. Essas discrepâncias entre as resp<strong>os</strong>tas podem ser atribuídas ao fato das pessoas<br />

sentirem receio para responderem ao questionário, pois ficam acuadas achando que alguém<br />

tomará alguma atitude contrária à existência e localização das bancas ou pont<strong>os</strong> no centro.<br />

Outr<strong>os</strong>sim, ressaltam<strong>os</strong> que as questões que compõem o questionário, assim como<br />

as que estão presentes na enquête, foram elaboradas para que pudéssem<strong>os</strong> apresentar<br />

algumas informações a respeito da relação existente entre <strong>os</strong> comerciantes informais e o<br />

centro da cidade de Anápolis, visto que associar <strong>os</strong> element<strong>os</strong> que fazem parte das<br />

estratégias comerciais e espaciais apontando as características do que vim<strong>os</strong> destacando<br />

como sendo <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de consumo, requer a compreensão do centro, a organização<br />

e o perfil daqueles que estão inserid<strong>os</strong> na dinâmica da reprodução da cidade no sentido<br />

econômico, apropriando <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> centrais transformando-<strong>os</strong> em pont<strong>os</strong> comerciais em<br />

função da combinação de variáveis que determinam <strong>os</strong> papéis que caracterizam o próprio<br />

centro gerando (re)arranj<strong>os</strong> funcionais decorrentes das novas lógicas que produzem e<br />

reproduzem <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong>, pois as bancas d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes também têm uma<br />

localização no território que identifica a dimensão espacial do processo. Contudo, as<br />

cidades médias, como é o caso de Anápolis “têm suas formas espaciais marcadas pela<br />

formação de pequenas aglomerações de mais de uma cidade, ou mesmo pela ausência<br />

dessas formas de aglutinação espacial” (BELTRÃO SPOSITO, 2001, p. 238).<br />

Diríam<strong>os</strong>, ainda, que as cidades, além das formas espaciais, desenvolvem formas<br />

comerciais que, sobretudo, são consideradas inoperantes, mas que agregam consumidores e<br />

generalizam de maneira acirrada as mercadorias na área denominada de “core”, cuja<br />

vitalidade revela dinâmicas comuns ao centro e que constituem o que chamam<strong>os</strong> de<br />

<strong>centralidade</strong>, pois:<br />

[...] enquanto a localização, sob a forma de concentração de atividades<br />

comerciais e de serviç<strong>os</strong> revela o que se considera como central, o que se<br />

movimenta institui o que se m<strong>os</strong>tra como <strong>centralidade</strong>. Duas expressões<br />

da realidade <strong>urbana</strong> que articulam com pes<strong>os</strong> diferenciad<strong>os</strong> as dimensões<br />

espacial e temporal desse espaço. (BELTRÃO SPOSITO, 2001, p. 239)

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!