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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Se considerarm<strong>os</strong> <strong>os</strong> parâmetr<strong>os</strong> legais e organizacionais das atividades<br />

econômicas como definidores, passarem<strong>os</strong> então a definir de forma<br />

equivocada, dois “mund<strong>os</strong> econômic<strong>os</strong>” diferentes. O primeiro, se<br />

revelaria à expressão eficiente do processo de reprodução ampliada do<br />

capital, formado pel<strong>os</strong> setores que compõem a economia de ponta, e o<br />

segundo, o das atividades e atores econômic<strong>os</strong> sem grande importância,<br />

marcad<strong>os</strong> pela <strong>informal</strong>idade e pela baixa produção, entendid<strong>os</strong> enquanto<br />

uma anomalia na forma de organização de produção capitalista e não<br />

como subproduto desta, tornando-se campo de concentração de tudo o<br />

que se revela inoperante e economicamente insignificante. (p. 45).<br />

No entanto, o que precisam<strong>os</strong> ter como elemento elucidativo sobre as questões da<br />

<strong>informal</strong>idade é que, atualmente, vêm apresentando certa relevância econômica, pois não<br />

podem<strong>os</strong> desconsiderá-la do conjunto que apresenta a economia formal como principal no<br />

contexto da produtividade. O que tem<strong>os</strong> no presente momento são evidências que registram<br />

mudanças quanto às atividades informais, pois estas não podem mais ser analisadas fora da<br />

dinâmica capitalista, uma vez que têm como seu fator “criador e determinante, as relações<br />

sociais e de produção estabelecidas sob a égide do capitalismo”. (GONÇALVES, 2000, p.<br />

47).<br />

Isto pode ser avaliado de acordo as estratégias d<strong>os</strong> trabalhadores que são<br />

configurad<strong>os</strong> como camelôs e ambulantes quando conseguem extrair no final do mês<br />

valores que sobressaem <strong>os</strong> salári<strong>os</strong> de uma maioria que trabalha na formalidade,<br />

principalmente se estes estiverem alocad<strong>os</strong> nas grandes cidades. Assim, a realidade de<br />

inúmer<strong>os</strong> trabalhadores que sobrevivem do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> está pautada no panorama do<br />

desemprego. Para a maioria d<strong>os</strong> autores que pesquisam o assunto, a retomada do<br />

crescimento econômico resolveria <strong>os</strong> problemas sociais urban<strong>os</strong>, sendo esta uma avaliação<br />

ideológica da realidade, pois o <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> tem sua origem muito antes da procura<br />

pela sobrevivência daqueles que se encontram desempregad<strong>os</strong>, fato este que se justifica<br />

pel<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> que eram comercializad<strong>os</strong> nas cidades da antigüidade. Portanto:<br />

O trabalho e a economia <strong>informal</strong> são na realidade resultad<strong>os</strong> de<br />

process<strong>os</strong> mais ampl<strong>os</strong>, que envolvem a transformação e a reestruturação<br />

capitalista em âmbito mundial após a segunda guerra, que leva a<br />

industrialização de vári<strong>os</strong> países de base econômica produtiva agrícola,<br />

desencadeando vári<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> process<strong>os</strong> nesses países, como a<br />

urbanização acelerada, que se revela a transp<strong>os</strong>ição de uma enorme<br />

massa populacional do campo para a cidade afim de explorá-la como<br />

força de trabalho. (GONÇALVES, 2000, p. 124)

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