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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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na figura da mercadoria e do invisível pautado nas idéias, n<strong>os</strong> gest<strong>os</strong> e na heterogeneidade<br />

de ações e reações. Beltrão Sp<strong>os</strong>ito (2001) assinala que:<br />

A descentralização que se observa não corresponde a uma diluição da<br />

centralização, mas a uma recentralização e reforço da <strong>centralidade</strong><br />

<strong>urbana</strong>, pois a emergência de novas áreas centrais não se dá apenas<br />

através do aparecimento de nov<strong>os</strong> subcentr<strong>os</strong>, mas de outras áreas<br />

centrais que atendem clientelas que vêm de diferentes parcelas da cidade<br />

e, cada vez mais, de outras cidades de menor porte, gerando uma<br />

<strong>centralidade</strong> complexa, do ponto de vista das escalas que se articulam e<br />

d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que se entrecruzam. (p. 252).<br />

A autora faz referência à questão da descentralização no sentido de recentralizar e<br />

reforçar <strong>os</strong> aspect<strong>os</strong> da <strong>centralidade</strong> em outras áreas distantes do centro tradicional, porém o<br />

que buscam<strong>os</strong> identificar é a dinâmica existente na área central de Anápolis a partir d<strong>os</strong><br />

flux<strong>os</strong> que se entrecruzam em função da clientela não só da própria cidade, mas das cidades<br />

vizinhas. Isto pode ser analisado mediante a procedência d<strong>os</strong> consumidores de adquirirem<br />

mercadorias comercializadas pel<strong>os</strong> camelôs e ambulantes demonstradas no item anterior.<br />

Salgueiro (2001) aponta que:<br />

Os moviment<strong>os</strong> de recentralização com maior visibilidade privilegiam<br />

edifíci<strong>os</strong> ou síti<strong>os</strong> notáveis, pelo valor patrimonial ou pelas vistas, ou,<br />

pelo contrário, constituem-se em operação de reconversão emblemática<br />

como sucede com a zona oriental centrada na Expo, mas também com<br />

outras transformações da zona ribeirinha, e com a construção de nov<strong>os</strong><br />

edifíci<strong>os</strong> de prestígio, não apenas ligad<strong>os</strong> ao poder político, mas também,<br />

e cada vez mais, às empresas (sedes de banc<strong>os</strong> e não só), e mesmo as<br />

residências em co-propriedade. (p. 62).<br />

Os argument<strong>os</strong> da autora são direcionad<strong>os</strong> à realidade de Portugal, mas podem<strong>os</strong><br />

apreender aspect<strong>os</strong> que estejam relacionad<strong>os</strong> à dinâmica brasileira, uma vez que a idéia de<br />

recentralização também n<strong>os</strong> remete pensar na configuração do centro. Como n<strong>os</strong>so objetivo<br />

é destacar a figura d<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> atores, porém usuári<strong>os</strong>, no contexto das estratégias comerciais<br />

imbricadas pela generalização das mercadorias e do consumo, associam<strong>os</strong> a<strong>os</strong> comerciantes<br />

informais a existência da condição de <strong>centralidade</strong> que envolve o centro em si, já que tod<strong>os</strong><br />

aqueles que usam essa área também usufruem dessa característica. No caso de Anápolis,<br />

Freitas detectou, com base na figura 12, algumas considerações fundamentais para<br />

concretizar n<strong>os</strong>sa idéia do reforço da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> nessa porção da cidade.

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