13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

presente e, cada vez mais, as grandes redes monopolizam a distribuição<br />

de mercadorias, ditando preç<strong>os</strong> e dando ‘ordens’ a<strong>os</strong> produtores. A<br />

penetração do capital financeiro no <strong>comércio</strong> contribui para a instalação<br />

de grandes empresas. (p. 27).<br />

E pr<strong>os</strong>segue dizendo que toda essa transformação no âmbito do <strong>comércio</strong> foi<br />

p<strong>os</strong>sível “graças à produção em massa, à concentração crescente de pessoas nas cidades, ao<br />

aumento quantitativo e qualitativo do consumo e à generalização do uso do automóvel”<br />

(PINTAUDI, 1992, p. 27). As mudanças no uso do solo urbano quanto à formação de<br />

novas <strong>centralidade</strong>s também precisam ser discutidas de acordo com a mobilidade e a<br />

acessibilidade, pois como afirma Gottdiener (1993), a vida tornou-se portátil, ou seja, as<br />

formas de deslocamento p<strong>os</strong>sibilitaram que as pessoas se desloquem mediante temp<strong>os</strong><br />

diferenciad<strong>os</strong>.<br />

Para o referido autor, toda essa modificação na estrutura <strong>urbana</strong> está associada ao<br />

fato de que p<strong>os</strong>suím<strong>os</strong> hoje uma forma de espaço de assentamento, que é polinucleada e<br />

funcionalmente integrada pela matriz tridimensional de organização social (1993), embora<br />

este também faça menção ao fato de que não podem<strong>os</strong> imaginar um novo modelo de<br />

desenvolvimento urbano, pois estas considerações não fazem parte somente das relações de<br />

“integração espacial enfatizadas por representações de zonas concêntricas, mas também às<br />

ligações hierarquicamente estruturadas a process<strong>os</strong> do sistema global, como acumulação de<br />

capital e a nova divisão internacional do trabalho” (GOTTDIENER, 1993, p. 17).<br />

Assim, inserim<strong>os</strong> também nesse parâmetro de análise as questões referentes à<br />

dinâmica do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> que aproveita as condições que reafirmam a <strong>centralidade</strong><br />

<strong>urbana</strong> para se desenvolver e se proliferar. No entanto, é preciso salientar que o centro<br />

apresenta uma <strong>centralidade</strong> cambiante devido ao horário de funcionamento das atividades<br />

comerciais e de serviç<strong>os</strong>, visto que Ortigoza (2001, p. 62) acrescenta que ele é o “lugar<br />

onde acontecem várias relações sociais contraditórias, cuja vivência entre as pessoas ocorre<br />

no espaço que é produto da própria sociedade”. Para Ruiz (2004):<br />

Todo esse dinamismo e articulação das áreas centrais extrapolam o que é<br />

material, pois ali além das edificações, das pessoas, da circulação de<br />

veícul<strong>os</strong> automotores, das praças, do <strong>comércio</strong>, d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong>, da grande<br />

circulação de capital, da poluição sonora, visual e do ar, circulam idéias,<br />

informações, pensament<strong>os</strong>. Enfim, o centro é muito mais complexo do<br />

que imaginam<strong>os</strong>, tanto que para analisá-lo necessitam<strong>os</strong> de estabelecer

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!