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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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urbano, causando o fenômeno da expansão <strong>urbana</strong> com ênfase para <strong>os</strong> loteament<strong>os</strong> e<br />

conjunt<strong>os</strong> habitacionais podendo ser analisad<strong>os</strong> sob o prisma da relação centro-periferia,<br />

além do próprio surgimento d<strong>os</strong> condomíni<strong>os</strong> fechad<strong>os</strong>, reestruturando <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> intraurban<strong>os</strong>.<br />

Mesmo Anápolis estando próxima de Goiânia, que é um centro maior, na visão de<br />

Luz (2001), é preciso criar entre ambas uma situação de complementaridade e não apenas<br />

de competição. Nessa perspectiva, tem<strong>os</strong> que:<br />

Ao considerar a p<strong>os</strong>sibilidade de interação mediante a existência de<br />

condições desiguais, acreditam<strong>os</strong> que é p<strong>os</strong>sível a interação mediada pelo<br />

interesse de complementar uma determinada função, pois assim, amb<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> envolvid<strong>os</strong> sairiam ganhando, pois se fortaleceriam e<br />

conseguiriam ampliar sua área de influência. Por isso julgam<strong>os</strong><br />

importante a contribuição deste trabalho inserida nas considerações finais<br />

de que poderá ocorrer a consolidação de uma região dinâmica e<br />

articulada, Anápolis-Goiânia, através do desenvolvimento do setor<br />

atacadista; e que é p<strong>os</strong>sível partir de uma relação básica de dependência e<br />

competitividade, cidade-capital, para outra mais complexa na qual se<br />

estabeleçam relações de complementaridade entre dois centr<strong>os</strong> urban<strong>os</strong><br />

dinâmic<strong>os</strong>, Anápolis e Goiânia. O aspecto locacional, também, apresentase<br />

como elemento que influencia na formação de relações de<br />

complementaridade. (p. 26-7).<br />

No entanto, a Estrada de Ferro Goiás foi seguramente o maior sinônimo do<br />

progresso na primeira metade do século XX, contribuindo também para as práticas<br />

comerciais ligadas ao setor atacadista, sendo esta a única via férrea do mesmo. A idéia da<br />

construção dessa para muit<strong>os</strong> era a solução para acabar com a letargia das várias cidades<br />

que estavam sem uma ligação que permitisse a integração d<strong>os</strong> “lugares”, embora o ideal<br />

político que se constituía na época tinha como prioridade a construção das vias férreas para<br />

escoar a produção para outr<strong>os</strong> países e não para promover o desenvolvimento e o<br />

crescimento interno do país. Nessa perspectiva Singer (1986) destaca que:<br />

[...] a penetração ferroviária no Brasil não estava voltada para o<br />

desenvolvimento da n<strong>os</strong>sa economia, mas buscava facilitar o escoamento<br />

d<strong>os</strong> n<strong>os</strong>s<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> primári<strong>os</strong> para atender as necessidades d<strong>os</strong> países<br />

imperialistas. A ferrovia estava sempre ligada a<strong>os</strong> port<strong>os</strong>, com o objetivo<br />

de exportar a n<strong>os</strong>sa produção. (p. 215).<br />

Mesmo tendo sido confirmadas outras intenções quanto à construção das vias<br />

férreas, Anápolis se beneficiou com a idéia, pois a chegada d<strong>os</strong> trilh<strong>os</strong> foi fundamental para

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