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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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um grande sistema, produto de superp<strong>os</strong>ição de subsistemas divers<strong>os</strong> de<br />

cooperação, que criam outr<strong>os</strong> tant<strong>os</strong> sistemas de solidariedade. (p. 323).<br />

Relacionar a (re)produção d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> às atividades ligadas ao setor <strong>informal</strong> indica<br />

as mutações que <strong>os</strong> trabalhadores incorporam para realizar suas atividades, mesmo as<br />

ocupações a que se destinam não sendo fixas, pois há uma mobilidade não só de formas,<br />

mas de funções, ou seja, o comerciante, que também é um trabalhador, se estiver alocado<br />

nas ruas apresenta uma mobilidade que é natural dessa ocupação, enquanto que as funções<br />

são móveis do ponto de vista da própria generalização d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong>, o que indica a<br />

flexibilidade do processo. Ainda, de acordo com Sant<strong>os</strong> (2001), tem<strong>os</strong>:<br />

Essas metamorf<strong>os</strong>es do trabalho d<strong>os</strong> pobres nas grandes cidades criam o<br />

que, em outro lugar (Sant<strong>os</strong>, 1991), denominam<strong>os</strong> de “flexibilidade<br />

tropical”. Há uma variedade infinita de ofíci<strong>os</strong>, uma multiplicidade de<br />

combinações em movimento permanente, dotadas de grande capacidade<br />

de adaptação e, sustentadas no seu próprio meio geográfico, este sendo<br />

tomado como uma forma-conteúdo, um híbrido de materialidade e<br />

relações sociais. Desse modo, as respectivas proteiformes de trabalho,<br />

adaptáveis, instáveis, plásticas, adaptam-se a si mesmas, mediante<br />

incitações externas e internas. Sua solidariedade se cria e se recria ali<br />

mesmo, enquanto a solidariedade imp<strong>os</strong>ta pela cooperação de tipo<br />

hegemônico é comandada de fora do meio geográfico e do meio social<br />

em que incide. (p. 324).<br />

A multiplicidade a que se refere o autor pode ser interpretada de acordo com a<br />

diversidade de atuações que o setor <strong>informal</strong> abriga ao encontram<strong>os</strong> várias formas de<br />

trabalho que se encaixam nessa condição estabelecendo combinações e (re)arranj<strong>os</strong> que<br />

identificam sua estrutura e esta solidariedade aponta para as relações existentes entre si e as<br />

ligadas pela hegemonia da globalização, mas que evidencia as singularidades no contexto<br />

da própria especialização que as atividades impõem, pois se já mencionam<strong>os</strong> a relação<br />

entre <strong>os</strong> setores da economia, é natural que apresentem as particularidades de cada processo<br />

num movimento que abrange espaço e tempo, uma vez que “<strong>os</strong> lugares se diferenciam, seja<br />

qual for o período histórico, pelo fato de que são diversamente alcançad<strong>os</strong>, seja<br />

quantitativo, seja qualitativamente por esses temp<strong>os</strong> do mundo” (SANTOS, 2002, p. 138).<br />

Buscam<strong>os</strong>, nesse aspecto, fazer referência ao que Sant<strong>os</strong> apontou como sendo <strong>os</strong><br />

“sistemas de objet<strong>os</strong>” e “sistemas de ações que podem ser identificad<strong>os</strong> no <strong>comércio</strong>

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