centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

More documents

Recommendations

Info

pelo tecido da cidade ou para além dela. Assim, Freitas salienta ainda que as autoridades administrativas municipais devem criar mecanismos para que o centro seja mais solidário em relação aos que estão e são segregados, pois os bens de consumo coletivo estão instalados no centro e se beneficiam deles quem têm uma mobilidade que permita o seu acesso. No mais, outros autores, como Carlos (2004), afirmam que a cidade precisa ser pensada e repensada para atender a todos, deixando de ter esse caráter economicista, com uma reprodução socioespacial embasada nas relações capitalistas para que possa apresentar formas de apropriação do espaço para a reprodução da vida.
4. REFLEXÕES FINAIS Diante do que foi proposto para o desenvolvimento desta tese buscamos destacar algumas considerações que possam ajudar a esclarecer e a explicitar o que realmente tentamos realizar no decorrer de toda a trajetória que envolveu as partes teórica e empírica, visto que muitas vezes esse processo não se completa da forma como esperamos. Assim, Santos (1993) afirmou que um trabalho científico deve contemplar fontes seguras, ou seja, não devemos utilizar qualquer informação para que cheguemos às conclusões que convençam apenas superficialmente, pois é preciso revelar o que está por trás daquilo que não conseguimos perceber ou mesmo enxergar. Portanto, o que vimos demonstrando são situações que refletem as dúvidas e incertezas que estiveram presentes nos momentos que se seguiram para que este trabalho fosse finalizado, embora a temática não se esgote aqui, já que são inúmeras as indagações que permeiam o conhecimento científico, mas que servem de estímulos para que novas idéias surjam para serem colocadas em prática de no contexto da geografia, mais precisamente, a urbana. Foi pensando dessa maneira que o trabalho que desenvolvemos esteve diretamente ligado ao objeto de estudo fazendo parte da temática escolhida que tem como principal objetivo compreender a dinâmica do centro das cidades associada às estratégias comerciais dos camelôs e ambulantes, visto que não podemos considerá-los inertes diante da imagem que a área central adquire no contexto urbano e na ligação com os indivíduos que freqüentam esses espaços centrais em função do consumo. Por outro lado, nossa intenção não foi a de estudar a questão trabalhista dos comerciantes informais, embora tenhamos tocado em pontos que salientam a necessidade de se repensar essa categoria no âmbito das relações socioespaciais. Assim, buscamos relacionar o centro, a centralidade urbana, que é um fator existente em Anápolis e os comerciantes informais que ficam nas ruas, no camelódromo e no shopping popular, tomando como parâmetro de análise o consumo das mercadorias comercializadas pelos camelôs e ambulantes, embora associar esses elementos não tenha sido algo simples e momentâneo. Nessa perspectiva, decidimos abordar o surgimento das cidades e as primeiras manifestações do centro urbano, como também, a relação com a centralidade intra-urbana, a dinâmica do uso do solo com enfoques para o consumo no e do
Page 1 and 2:
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACU
Page 3 and 4:
Dedicatória Ao “tio Zezinho” q
Page 5 and 6:
à Prof. Cidinha do curso de Estat
Page 7 and 8:
ABSTRACT This work seeks to analyze
Page 9 and 10:
Tabela 11. Condição de Proprietá
Page 11 and 12:
Foto 18 Localização da banca na R
Page 13 and 14:
NOS ESPAÇOS DE CONSUMO NA ÁREA CE
Page 15 and 16:
Para Soares (1994): conseqüência
Page 17 and 18:
espectivas atividades existentes e
Page 19 and 20:
É nesse espaço da cidade que disc
Page 21 and 22:
novos e/ou velhos 3 espaços destin
Page 23 and 24:
Contudo, tais equipamentos comercia
Page 25 and 26:
Uma das hipóteses que norteia o no
Page 27 and 28:
pesquisados ou mesmo apenas comenta
Page 29 and 30:
capitalismo. Nessa perspectiva, pod
Page 31 and 32:
APRESENTAÇÃO A oportunidade de tr
Page 33 and 34:
apontamos como fundamentais apenas
Page 35 and 36:
centro urbano, partindo de Lefèbvr
Page 37 and 38:
tentativa de entender o processo de
Page 39 and 40:
[...] como formas espaciais produzi
Page 41 and 42:
os responsáveis pelo início do mo
Page 43 and 44:
Sobre a dinâmica das cidades podem
Page 45 and 46:
Claval considera a teoria da cidade
Page 47 and 48:
centrais são as que refletem a car
Page 49 and 50:
comercial, administrativo, financei
Page 51 and 52:
acordo com o poder aquisitivo das d
Page 53 and 54:
do espaço urbano e a dinâmica do
Page 55 and 56:
Para tal é necessário traçarmos
Page 57 and 58:
pode ser caracterizado, em primeiro
Page 59 and 60:
Já os desdobramentos da área cent
Page 61 and 62:
Dessa forma, a localização de ati
Page 63 and 64:
Para Gottdiener (1993), toda essa m
Page 65 and 66:
Se por um lado discutimos a central
Page 67 and 68:
Este processo de recomposição esp
Page 69 and 70:
Se tomarmos como parâmetro todos e
Page 71 and 72:
1.3. O centro, a dinâmica do uso d
Page 73 and 74:
compra de um direito de propriedade
Page 75 and 76:
dialética mumificada, o avanço da
Page 77 and 78:
que “muitas vezes permitiram a ex
Page 79 and 80:
visam a recuperar áreas que possam
Page 81 and 82:
tange a área central, pois há que
Page 83 and 84:
assim que o valor imobiliário da r
Page 85 and 86:
Nesta condição transformam o espa
Page 87 and 88:
função para compreender a dinâmi
Page 89 and 90:
Nessa perspectiva, ele argumenta qu
Page 91 and 92:
formal, também fazem parte das est
Page 93 and 94:
Cavalcanti (1980, p. 169), desde a
Page 95 and 96:
desenvolvimento do comércio e do c
Page 97 and 98:
Tomemos essa idéia a partir do fat
Page 99 and 100:
portanto, da forma urbana, mesmo qu
Page 101 and 102:
transformam os hábitos dos consumi
Page 103 and 104:
semelhança e diferença. A semelha
Page 105 and 106:
Analisar o comércio e o consumo, n
Page 107 and 108:
Para Pintaudi (1989): origem a uma
Page 109 and 110:
Assim, as novas formas comerciais v
Page 111 and 112:
Para Trindade Jr. (2001) a correla
Page 113 and 114:
eprodução, num determinado moment
Page 115 and 116:
atrair atividades com maior conteú
Page 117 and 118:
Em nosso raciocínio, destacamos, a
Page 119 and 120:
formais e informais, embora vários
Page 121 and 122:
mesma, visto que o comércio inform
Page 123 and 124:
que acrescenta: “se alguém de ou
Page 125 and 126:
deficiências do sistema em que uns
Page 127 and 128:
para que a informalidade continue e
Page 129 and 130:
antes mesmo da própria mercadoria
Page 131 and 132:
extensão maior, ou seja, a segunda
Page 133 and 134:
vendem as mercadorias por contraban
Page 135 and 136:
mais variados pontos da cidade, inc
Page 137 and 138:
pontos como informais, reforçando
Page 139 and 140:
Nelas, realmente encontramos aquele
Page 141 and 142:
capital monopolista passam a ser ex
Page 143 and 144:
conseguem ter um lucro com as merca
Page 145 and 146:
informais. De fato, seria irônico,
Page 147 and 148:
O que podemos apontar são as dispa
Page 149 and 150:
Assim, entendemos que a dinâmica d
Page 151 and 152:
No Brasil, as primeiras experiênci
Page 153 and 154:
economia que busca alternativas mes
Page 155 and 156:
como empregados e que recebem salá
Page 157 and 158:
ele são atingidas. Mas aí temos,
Page 159 and 160:
pessoas e veículos, e contribuem p
Page 161 and 162:
atividades não promovem a geraçã
Page 163 and 164:
Esta posição do referido autor po
Page 165 and 166:
O acirramento das condições socia
Page 167 and 168:
(re)produção não só do capital,
Page 169 and 170:
consumiendo, en todo lugar y en tod
Page 171 and 172:
informal a partir do que chamou de
Page 173 and 174:
espaciais. As análises revelaram a
Page 175 and 176:
que o que considera como passagem d
Page 177 and 178:
como força que se impõe de forma
Page 179 and 180:
como característica que qualifica
Page 181 and 182:
valor econômico, menos redutor do
Page 183 and 184:
pois é um espaço que combina elem
Page 185 and 186:
dos modos de produção quando, no
Page 187 and 188:
de tudo, dependendo da estação e
Page 189 and 190:
países, demonstrando a forte prese
Page 191 and 192:
O que importa aos consumidores dest
Page 193 and 194:
centrais que acabam comprimindo e s
Page 195 and 196:
informal se desenvolve, ou seja, é
Page 197 and 198:
chamada “crise da cidade” que v
Page 199 and 200:
os espaços das ruas, praças e cal
Page 201 and 202:
espaços como receptáculos de mani
Page 203 and 204:
“pois usualmente a sociologia tem
Page 205 and 206:
se associa à compra e à venda de
Page 207 and 208:
E prossegue dizendo: O Código Civi
Page 209 and 210:
lhe dando direito ao estacionamento
Page 211 and 212:
urbanisticamente com a intenção d
Page 213 and 214:
depredação física e, ao nosso en
Page 215 and 216:
airro também pode ser pensada na v
Page 217 and 218:
Assim, sob a forma da renovação u
Page 219 and 220:
numa mesma cidade” (SOBARZO, 2004
Page 221 and 222:
necessidade de grandes espaços e d
Page 223 and 224:
diferenças de necessidades e de po
Page 225 and 226:
Esse eixo expressa a relação exis
Page 227 and 228:
meio de fenômenos globais como de
Page 229 and 230:
elações associadas ao paradigma d
Page 231 and 232:
E ainda: Dessa maneira: Essa global
Page 233 and 234:
Há uma outra versão a respeito da
Page 235 and 236:
O núcleo urbano que formou a cidad
Page 237 and 238:
Quadro 1- Periodização da Cidade
Page 239 and 240:
atividades que compõem o cenário
Page 241 and 242:
Anápolis. A ferrovia dinamizou o c
Page 243 and 244:
urbano, causando o fenômeno da exp
Page 245 and 246:
De 1914, quando foi inaugurada a es
Page 247 and 248:
diferenciados. Assim, o solo férti
Page 249 and 250:
_ Período %Ano 1872 - 1900 1901 -
Page 251 and 252:
consumidor. Com relação a isto te
Page 253 and 254:
Todos esses apontamentos levantados
Page 255 and 256:
Ainda, conforme aponta a autora: O
Page 257 and 258:
arrecada impostos (ICMS), é o seto
Page 259 and 260:
comércio formal, isto é, há uma
Page 261 and 262:
Mediante esses apontamentos, Luz (2
Page 263 and 264:
Por outro lado, temos também a que
Page 265 and 266:
moradores, havendo “um cresciment
Page 267 and 268:
hotel, lanchonetes, beneficiamento
Page 269 and 270:
estocagem das mercadorias oriundas
Page 271 and 272:
Setembro, Manoel da Abadia e a Aven
Page 273 and 274:
De acordo com a fórmula representa
Page 275 and 276:
obter dados que são imprescindíve
Page 277 and 278:
De acordo com a figura 4 podemos av
Page 279 and 280:
e que por sua vez, se torna mutáve
Page 281 and 282:
outras palavras, quando há mudanç
Page 283 and 284:
A noção de cidade e de seu proces
Page 285 and 286:
Roupas em geral Sorvetes Acessório
Page 287 and 288:
Fonte: Trabalho de Campo Na foto 3
Page 289 and 290:
ambulantes, já que configuram como
Page 291 and 292:
[...] as formas envelhecem por inad
Page 293 and 294:
A figura 5 destaca o mapeamento das
Page 295 and 296:
Nessa perspectiva, o ex-prefeito af
Page 297 and 298:
Foto 7- Vista Parcial do Shopping P
Page 299 and 300:
processo de reprodução dos espaç
Page 301 and 302:
crescendo. Por estrutura chamamos a
Page 303 and 304:
Fonte: Trabalho de Campo. Indica ta
Page 305 and 306:
(Organização Internacional do Tra
Page 307 and 308:
ocorrerão de “maneira complexa e
Page 309 and 310: aparente do dinheiro se apresenta c
Page 311 and 312: Foto 12- Variedade de Roupas Comerc
Page 313 and 314: anteriormente, é cada vez mais com
Page 315 and 316: Santos (2001, p. 219), nessa perspe
Page 317 and 318: Porcentagem 100% 90% 80% 70% 60% 50
Page 319 and 320: Fonte: Trabalho e Campo. Ainda de a
Page 321 and 322: camelô e ambulante pode também es
Page 323 and 324: Para o autor, é preciso que o trab
Page 325 and 326: na condição de informal para não
Page 327 and 328: Resposta Freqüência % Sim 52 36,1
Page 329 and 330: para maiores números, ou seja, 40,
Page 331 and 332: adquiram a prazos menores de 60 dia
Page 333 and 334: as práticas do setor informal com
Page 335 and 336: A organização daqueles que estão
Page 337 and 338: 3.5. O centro e a (re)afirmação d
Page 339 and 340: Se a cidade, então, é materializa
Page 341 and 342: presente e, cada vez mais, as grand
Page 343 and 344: singular, no contexto das estratég
Page 345 and 346: na figura da mercadoria e do invis
Page 347 and 348: É o espetáculo da mercadoria e do
Page 349 and 350: Fonte: Trabalho de campo. A figura
Page 351 and 352: um pensamento sobre a cidade na dim
Page 353 and 354: Trabalho de campo Foto 18-Localiza
Page 355 and 356: Foto 19-Produtos eletrônicos infan
Page 357 and 358: O interessante é que ao perguntarm
Page 359: O que buscamos explicitar em nossas
Page 363 and 364: Anápolis destaca que a área centr
Page 365 and 366: Anápolis através da função econ
Page 367 and 368: Os camelôs e ambulantes constituem
Page 369 and 370: BARTHES, Roland. La Centralité vid
Page 371 and 372: CARLOS, Ana Fani Alessandri. “Nov
Page 373 and 374: DERRUAU, Max. Geografia Humana II.
Page 375 and 376: KOWARICK, Lúcio. Trabalho e Vadiag
Page 377 and 378: MATTA, Roberto da. A casa & a rua:
Page 379 and 380: RAMIREZ, Francisco José. Severinos
Page 381 and 382: SANTOS, Milton. A natureza do espa
Page 383 and 384: SOUZA, M. J. L. de. O Território:
show all

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?