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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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espaciais. As análises revelaram a presença de redes poder<strong>os</strong>as,<br />

monopóli<strong>os</strong> restrit<strong>os</strong>, ilegalidade de muit<strong>os</strong> perante o fisco etc. Um<br />

diagnóstico informatizado e absolutamente honesto revelaria a busca de<br />

nova hierarquização prioridades d<strong>os</strong> permissionári<strong>os</strong>. É preciso<br />

desmantelar <strong>os</strong> poder<strong>os</strong><strong>os</strong> para dar lugar a<strong>os</strong> que estão sem p<strong>os</strong>sibilidades<br />

reais de sobrevivência . (YÁZIGI, 2002, p. 391).<br />

Nessa perspectiva, associam<strong>os</strong> estas colocações com as de Malaguti (2000), pois <strong>os</strong><br />

problemas estruturais a que se referem <strong>os</strong> autores é que criam essas situações cuj<strong>os</strong><br />

problemas vão além daqueles que buscam a sobrevivência nas ruas vendendo suas<br />

mercadorias. O risco maior está presente nas organizações que buscam se infiltrar na<br />

<strong>informal</strong>idade com vistas à ilegalidade das ações. Por isso é que enfocam<strong>os</strong> a relação do<br />

<strong>informal</strong> com o formal não somente pela presença marcante n<strong>os</strong> centr<strong>os</strong> ou pelo uso do<br />

espaço urbano, mas principalmente pela relação existente no jogo de poder que envolve <strong>os</strong><br />

grandes grup<strong>os</strong>, as grandes redes e a p<strong>os</strong>sibilidade cada vez maior do capital prevalecer<br />

mediante as ações d<strong>os</strong> poder<strong>os</strong><strong>os</strong>.<br />

O sentido da p<strong>os</strong>sibilidade real estaria pautado na organização desses trabalhadores<br />

de rua a partir de seu próprio empreendimento sem incorporar as burocracias exigidas pelo<br />

governo, o que na visão de Yázigi (2000) faz com que <strong>os</strong> camelôs e ambulantes prefiram<br />

continuar na <strong>informal</strong>idade, até mesmo pelo trabalho que precisa ser dispensado à<br />

organização d<strong>os</strong> document<strong>os</strong>. 60 É preciso lembrar que em países da Europa e d<strong>os</strong> Estad<strong>os</strong><br />

Unid<strong>os</strong> existe a presença do camelô, pois vivem<strong>os</strong> uma recessão econômica acirrada pela<br />

globalização, porém com um controle exercido rigidamente para que não haja conflit<strong>os</strong> e<br />

que tod<strong>os</strong> tenham clareza d<strong>os</strong> direit<strong>os</strong> e liberdades individuais. (YÁZIGI, 2000). Sobre a<br />

globalização, Sant<strong>os</strong> (2002) ressalta o seguinte:<br />

Pode-se, então, pensar numa globalização do “espaço” no sentido de que<br />

seu manejamento e atualização incumbam ao “mundo”. S e o<br />

“mundo”, hoje, torna-se ativo sobretudo por via das empresas gigantes,<br />

essas empresas globais produzem privatisticamente suas normas<br />

particulares, cuja vigência é, geralmente e sob muit<strong>os</strong> aspect<strong>os</strong>,<br />

“indiferente” a<strong>os</strong> context<strong>os</strong> em que vêm inserir-se. Por sua vez, <strong>os</strong><br />

60 É preciso que fique claro que n<strong>os</strong>sa intenção não é discutir o que há por detrás do <strong>comércio</strong> ambulante ou<br />

de rua, além daquele que é praticado no camelódromo, mas sim enfocar que são espaç<strong>os</strong> de consumo<br />

atrelad<strong>os</strong> à dinâmica comercial do centro principal das cidades.

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