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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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espaço. Além disso, também foi imprescindível traçarm<strong>os</strong> um perfil d<strong>os</strong> comerciantes<br />

informais e a ligação com a questão da apropriação d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, já que nem tod<strong>os</strong><br />

<strong>os</strong> camelôs e ambulantes estão instalad<strong>os</strong> em locais organizad<strong>os</strong> e normatizad<strong>os</strong>.<br />

No mais, a reafirmação da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong> se faz presente no contexto da<br />

dinâmica comercial da cidade, uma vez que o centro tradicional concentra inúmeras<br />

atividades terciárias, que por sua vez, permitem atrair pessoas de vári<strong>os</strong> bairr<strong>os</strong> da cidade.<br />

Contudo, algumas indagações chamaram n<strong>os</strong>sa atenção, no que diz respeito às bancas d<strong>os</strong><br />

comerciantes de rua em meio às lojas e à circulação não só de gente, mas de veícul<strong>os</strong><br />

automotores, idéias, dinheiro e outr<strong>os</strong> fatores que conferem ao próprio centro o lugar das<br />

p<strong>os</strong>sibilidades, de que n<strong>os</strong> fala Ortigoza (2001), assim como Ruiz (2004) quando destaca<br />

que a área central é a articuladora d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> que interagem e convergem e que<br />

redimensionam as relações, ainda que superficiais, entre a mercadoria e o consumidor.<br />

Essa relação externaliza n<strong>os</strong>so entendimento de que <strong>os</strong> camelôs e <strong>os</strong> ambulantes são<br />

figuras que fazem parte da paisagem <strong>urbana</strong> existente no centro da cidade de Anápolis, pois<br />

há uma relação específica entre forma e conteúdo que condiz com a realidade dessa área,<br />

cujo fato pode ser atribuído ao que Sant<strong>os</strong> (2002) revelou no sentido de que o evento tornase<br />

fixo para que as funções se realizem.<br />

Tomando a análise do autor, ressaltam<strong>os</strong> que o centro de Anápolis também é<br />

portador do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> e, portanto, revela-se n<strong>os</strong> mais variad<strong>os</strong> event<strong>os</strong> que<br />

convivem simultaneamente e que são visíveis através d<strong>os</strong> objet<strong>os</strong> e d<strong>os</strong> sujeit<strong>os</strong> que<br />

interagem na sociedade, isto é, aquilo que Sant<strong>os</strong> (2002) destacou afirmando que <strong>os</strong> objet<strong>os</strong><br />

não mudam de lugar, mas mudam de função. Dessa forma, falar do que se constitui o<br />

centro, atualmente, em Anápolis, como em várias outras cidades do país requer incluir,<br />

mesmo que excluindo, as estratégias d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes na dinâmica econômica e<br />

socioespacial.<br />

Assim, entendem<strong>os</strong> que tais estratégias podem ser incorporadas ao que vim<strong>os</strong><br />

afirmando sobre <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de consumo ligad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> comerciantes informais<br />

referindo-se ao fato de que estão cada vez mais presentes no contexto do ambiente urbano<br />

das cidades, visto que se eram considerad<strong>os</strong> insignificantes em relação a<strong>os</strong> consumidores,<br />

atualmente, já não podem mais ser desprezad<strong>os</strong>, pois atendem a uma clientela diversificada<br />

e que não é comp<strong>os</strong>ta apenas pela população de baixa renda, uma vez que a realidade de

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