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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Assim, entendem<strong>os</strong> que a dinâmica do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> revela as estratégias de<br />

reestruturação capitalista no âmbito da economia <strong>urbana</strong> em função de mudanças<br />

tecnológicas e da própria organização da produção relacionada ao toyotismo, que determina<br />

modificações nas relações de circulação e consumo, a questão da utilização do tempo no<br />

que diz respeito ao just-in-time, além da passagem do sistema fordista para o de<br />

acumulação flexível, como já fora comentado anteriormente.<br />

Essas colocações evidenciam que <strong>os</strong> trabalhadores informais também estão<br />

inserid<strong>os</strong> nesse contexto, se considerarm<strong>os</strong> que fazem parte da economia <strong>urbana</strong> de um<br />

modo geral e que não podem ser visualizad<strong>os</strong> separadamente da conjuntura econômica<br />

atual. Então, o discurso político que enfoca o neoliberalismo não enquadraria tais atividades<br />

e suas formas de organização, sejam elas em cooperativas ou mesmo separadamente. Mas<br />

estas são colocações que destacam<strong>os</strong> num exercício de entendimento do processo de forma<br />

geral, com particularidades, porém contextualizadas de maneira mais ampla, que na visão<br />

de Sant<strong>os</strong> se revela na discussão que ele faz sobre a relação entre <strong>os</strong> dois circuit<strong>os</strong>, uma vez<br />

que não <strong>os</strong> considera isoladamente, pois há uma interação d<strong>os</strong> us<strong>os</strong>, principalmente no que<br />

tange às práticas do consumo, promovendo o que chama de “comunicação entre atividades<br />

d<strong>os</strong> dois circuit<strong>os</strong>”. (SANTOS, 1979, p. 204).<br />

Querem<strong>os</strong> deixar claro que este assunto não se esgota neste item, já que no decorrer<br />

do trabalho estarem<strong>os</strong> fazendo referência a<strong>os</strong> autores elencad<strong>os</strong> para expressar as idéias que<br />

consideram<strong>os</strong> importantes no contexto da <strong>informal</strong>idade, além do fato de que o assunto a<br />

seguir enfoca a questão das primeiras experiências d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes no Brasil.<br />

2.2. As primeiras experiências d<strong>os</strong> ambulantes e camelôs no Brasil.<br />

Entendem<strong>os</strong> que a formação da categoria d<strong>os</strong> trabalhadores informais que envolvem<br />

<strong>os</strong> ambulantes e camelôs faz parte de um processo que precisa ser analisado desde as<br />

primeiras experiências ocorridas no Brasil para que p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> estabelecer um panorama<br />

para a avaliação que farem<strong>os</strong> no capítulo seguinte, quando discutirem<strong>os</strong> essa realidade na<br />

cidade de Anápolis, em Goiás. O que traçam<strong>os</strong>, para este momento, são <strong>os</strong> esclareciment<strong>os</strong><br />

quanto ao início da atividade para, em seguida, buscarm<strong>os</strong> a compreensão de maneira

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