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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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social, a administração política, a codificação cultural, a vigilância ideológica e a<br />

regionalização de sua hinterlândia próxima” (SOJA, 1993, p. 284).<br />

Ainda sobre ele, Soja (1993) considera que dá consistência à especificidade do<br />

urbano mediante um conteúdo social e singular em que a nodalidade (o centro)<br />

contextualiza a sociedade <strong>urbana</strong> dando forma às relações sociais. Percebem<strong>os</strong> que <strong>os</strong><br />

autores contemporâne<strong>os</strong> apontam para uma discussão que canaliza o social e que podendo<br />

ser incrementada por nós com uma análise que fundamenta também o espacial, numa<br />

relação dialética entre espaço e sociedade, cujo próprio espaço é uma produção e uma<br />

condição social. Assim, <strong>os</strong> divers<strong>os</strong> atores urban<strong>os</strong> contribuíram para com processo de<br />

evolução do centro urbano e, segundo Harvey (1980), tais atores são representad<strong>os</strong> pelas<br />

instituições financeiras e governamentais, <strong>os</strong> proprietári<strong>os</strong> de imóveis e <strong>os</strong> moradores das<br />

cidades, que atuam como element<strong>os</strong> importantes na representação socioespacial, já que:<br />

Usar <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> para viver, ou apenas para sobreviver, é uma necessidade<br />

incontestável, por mais variações que, ao longo da história, p<strong>os</strong>sa-se<br />

inferir, pois as necessidades são históricas. Apesar das formas variadas<br />

de utilização, o uso d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> é um pressup<strong>os</strong>to da vida. E exatamente<br />

porque nem sempre as formas de uso foram as mesmas, é p<strong>os</strong>sível avaliar<br />

que muitas delas se consolidaram no decorrer da história humana,<br />

constituindo c<strong>os</strong>tumes e hábit<strong>os</strong> própri<strong>os</strong> d<strong>os</strong> diferentes pov<strong>os</strong> e das<br />

condições naturais e históricas que viviam e vivem. (DAMIANI, 2001, p.<br />

48-49).<br />

Nessa perspectiva, falam<strong>os</strong> até o presente momento de relações sociais que a cidade<br />

estabelece não pelo individualismo e anonimato a que se refere Le Goff (1997), mas pela<br />

necessidade de estar com o outro, pela presença do outro, pela sociabilidade contida n<strong>os</strong><br />

divers<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> do contexto urbano, pois o centro como lugar de encontr<strong>os</strong> e desencontr<strong>os</strong><br />

manifesta esta situação.<br />

O centro 21 da cidade pode ser entendido e caracterizado pela apropriação, no sentido<br />

da dominação de um espaço que pode ser entendido como uma mercadoria, pois:<br />

Com o crescimento do tecido urbano aliado à especulação imobiliária<br />

que faz com que o preço do solo seja máximo nessas áreas e, ainda, com<br />

o desenvolvimento d<strong>os</strong> transportes, ocorre uma substituição de us<strong>os</strong>, de<br />

21 Estam<strong>os</strong> n<strong>os</strong> referindo ao centro principal das cidades, uma vez que este pode ser considerado também em<br />

algumas destas como “centro tradicional” por caracterizar funções próprias d<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>, como a praça ou a<br />

igreja como delimitação daquilo que entendem<strong>os</strong> como centro principal e tradicional.

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