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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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El hecho de que cualquier punto pueda ser tomado como centro, es lo que<br />

caracteriza al espacio-tempo urbano. 28 (p. 122).<br />

2) A mudança d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> e a intensificação do uso do automóvel permitiram maior<br />

fluidez quanto à acessibilidade no interior das cidades, uma vez que o ritmo das formas de<br />

comercialização <strong>os</strong>cila de acordo com <strong>os</strong> própri<strong>os</strong> flux<strong>os</strong>, ou seja, durante o dia tem<strong>os</strong> uma<br />

concentração maior de pessoas, veícul<strong>os</strong>, idéias, informações no centro, o que ocorre de<br />

forma diferenciada com <strong>os</strong> demais estabeleciment<strong>os</strong>, cujo horário de funcionamento<br />

ultrapassa o horário comercial. Isto pode ser avaliado pela presença d<strong>os</strong> shopping centers<br />

em determinadas áreas da cidade e em outr<strong>os</strong> eix<strong>os</strong> de circulação, contribuindo com, como<br />

destacou Beltrão Spisito, uma <strong>centralidade</strong> cambiante com “suas variações no decorrer do<br />

tempo.” (BELTRÃO SPOSITO, 2001, p. 251).<br />

Ainda, de acordo com Lefèbvre, 29 (1972, p. 123) “la cuidad crea una situación, la<br />

situación <strong>urbana</strong>, en la cual las c<strong>os</strong>as diferentes influyen las unas en las otras y no existen<br />

distintamente, sino según las diferencias.” 3) De certa forma, ocorre uma recentralização<br />

das atividades comerciais e de serviç<strong>os</strong> e, novamente, a constituição da <strong>centralidade</strong>, o que<br />

não implica na “diluição da centralização” (Beltrão Sp<strong>os</strong>ito, 2001, p. 251) através de novas<br />

áreas que visam a uma clientela procedente de inúmeras partes da cidade e, também, de<br />

outras cidades criando uma <strong>centralidade</strong> complexa a partir d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong> e das escalas que se<br />

interligam.<br />

4) O surgimento d<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> equipament<strong>os</strong> comerciais e de serviç<strong>os</strong>, como <strong>os</strong><br />

shopping centers e hipermercad<strong>os</strong> em algumas áreas proporcionaram uma <strong>centralidade</strong><br />

polinucleada do ponto de vista da funcionalidade e das questões sócio-espaciais, uma vez<br />

que as áreas com uma densidade demográfica mais elevada não estão ligadas às de menor<br />

densidade e o que justifica esta situação é justamente a acessibilidade e as formas de<br />

deslocamento permitidas a quem p<strong>os</strong>sui veículo particular. 31<br />

28 “A <strong>centralidade</strong> constitui para nós o essencial do fenômeno urbano, mas uma <strong>centralidade</strong> considerada<br />

junto com o movimento dialético que a constitui e a destrói, que a cria e a extingue. O fato de que qualquer<br />

ponto p<strong>os</strong>sa ser tomado como centro, é o que caracteriza o espaço-tempo urbano.”<br />

29 “A cidade cria uma situação, a situação <strong>urbana</strong>, na qual as coisas diferentes influem umas nas outras e não<br />

existem distintamente, senão segundo as diferenças”.<br />

31 É importante salientar que muitas pessoas que vivem nas cidades grandes, metrópoles ou não e em cidades<br />

médias, não freqüentam o centro principal e tradicional, preferindo outras áreas. Isto pode ser justificado pela<br />

acessibilidade destas e, principalmente, pelas formas de deslocamento, visto que cada um tem um tempo<br />

diferenciado para as práticas de consumo e lazer.

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