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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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O que na verdade discutim<strong>os</strong> é que esses espaç<strong>os</strong> também fazem parte d<strong>os</strong> própri<strong>os</strong><br />

espaç<strong>os</strong> reproduzid<strong>os</strong> no interior da cidade e que têm um conteúdo social. Para Carl<strong>os</strong><br />

(2004):<br />

O aprofundamento da divisão social e espacial do trabalho se baseia<br />

numa nova racionalidade onde a gestão aponta a supremacia de um poder<br />

político que tende a homogeneizar, produzindo o espaço através do<br />

controle e da vigilância. Por outro lado, há moviment<strong>os</strong> sociais que se<br />

confrontam questionando a existência da propriedade da terra <strong>urbana</strong>, a<br />

lógica da gestão e da realização do lucro. (p. 126).<br />

Assim sendo, tem<strong>os</strong> a vigilância que tenta se impor ao <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong>, uma vez<br />

que esta não ocorre somente no âmbito do nível político, pois quando n<strong>os</strong> reportam<strong>os</strong> a<br />

esses trabalhadores estam<strong>os</strong> exercendo o poder de vigiar a apropriação que fazem do<br />

espaço ficando explícito que o interesse do poder público se dá pela propriedade privada do<br />

solo visando o lucro e não pela apropriação que busca a reprodução humana, de que n<strong>os</strong><br />

falou Vieira (2002).<br />

Camacho (1994) aponta para o seguinte:<br />

Ao cotejar a observação da apropriação do espaço da praça, com a<br />

legislação que regulamenta essa ocupação pela atividade ambulante e as<br />

entrevistas das entidades representativas envolvidas, pode-se perceber,<br />

sem tirar o peso que <strong>os</strong> indivídu<strong>os</strong> enquanto agentes sociais e<br />

subjetividades em luta por existir, p<strong>os</strong>suem, um ambulante necessário ao<br />

processo produtivo – escoando mercadorias com rapidez e maior alcance<br />

social vertical, portanto bom ledor do “script” que a ordem social vigente<br />

produz - não sendo nem um pouco revolucionário (“front” social etc) em<br />

sua essência, pois tudo que faz, é engr<strong>os</strong>sar as fileiras d<strong>os</strong> que procuram<br />

maior remuneração para seu trabalho, com o máximo de opção p<strong>os</strong>sível.<br />

O que não quer dizer que não gere e acelere mudanças na sociedade,<br />

somente reproduzindo-ª (p. 73).<br />

Alves (1999) aponta a questão da realidade que envolve a Associação VIVA O<br />

CENTRO, de São Paulo, uma vez que busca eliminar toda e qualquer atividade que seja<br />

praticada pel<strong>os</strong> camelôs e ambulantes em função do discurso de revitalização da área em<br />

detrimento da acumulação capitalista, uma vez que:<br />

A recuperação do centro depende, em boa parte, da manutenção do poder<br />

financeiro e de serviç<strong>os</strong>, ou seja, a concentração de atividades<br />

interligadas que se beneficiam da estrutura existente para continuar

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