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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Sobre a dinâmica das cidades podem<strong>os</strong> considerar que apresentam um conteúdo que<br />

caracteriza as várias formações socioespaciais que foram se estruturando e criando<br />

condições para que cada uma delas se apropriasse do espaço (re)agrupando as diferentes<br />

funções que abriga num processo que é histórico, ou seja, a cidade comercial a partir da<br />

organização do <strong>comércio</strong> local favorece a circulação da mercadoria, d<strong>os</strong> flux<strong>os</strong>, da<br />

propaganda concluindo o ciclo do capital. Para Derruau (1982, p. 204). “a cidade é um<br />

aglomerado importante, ordenado para a vida coletiva (este ordenamento constitui o<br />

urbanismo) e onde uma parte considerável da população vive de interesses não agrícolas ou<br />

de atividades agrícolas”.<br />

Essas considerações permitem refletir sobre a constituição do centro urbano, já que<br />

as cidades da Ásia, do Oriente e da América apresentavam uma estrutura que compreendia<br />

a localização da elite na área central, que era a mais importante em relação às demais áreas<br />

da malha <strong>urbana</strong> e onde era p<strong>os</strong>sível encontrar as praças, <strong>os</strong> monument<strong>os</strong> e que de certa<br />

maneira “funcionava como incentivo ao progresso” (SJOBERG, 1977, p. 43). Contudo,<br />

não podem<strong>os</strong> deixar de mencionar que a cidade e o(s) centro(s) devem ser entendid<strong>os</strong> como<br />

element<strong>os</strong> de transformação através das formas e funções econômicas, <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de<br />

decisão, a população, enfim todas as relações que viabilizam a vida neste locus. Nessa<br />

lógica, o centro (e <strong>os</strong> centr<strong>os</strong>) desempenha um papel fundamental para as mesmas, pois<br />

concentra uma multiplicidade de funções expressas pel<strong>os</strong> mais divers<strong>os</strong> us<strong>os</strong> do solo<br />

urbano.<br />

Fazendo uma análise d<strong>os</strong> autores que inicialmente pensaram a cidade através da<br />

idéia da constituição de um centro tem<strong>os</strong>: Christaller com a teoria sobre <strong>os</strong> lugares centrais,<br />

visto que Berry considera esses lugares como sendo a base econômica onde se tem uma<br />

aglomeração das outras atividades <strong>urbana</strong>s (Gottdiener, 1993). Nessa perspectiva, se<br />

falam<strong>os</strong> de centro ou área central, também discutim<strong>os</strong> a própria estrutura <strong>urbana</strong>. Com<br />

relação à realidade norte-americana, o centro das cidades recebe o nome de C.D.B. (Central<br />

Business District), ou seja, “centro de negóci<strong>os</strong>”, que se define como uma área com<br />

predominância da distribuição de bens e serviç<strong>os</strong>, como as atividades burocráticas do setor<br />

privado. 11<br />

11 Essa idéia foi extraída de JOHNSON, James. El centro de la ciudad. In: Geografia Urbana, 1974, p. 153.

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