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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Para Soares (1994):<br />

conseqüência tem-se uma nova concepção do homem, agora analisado<br />

enquanto indivíduo que produz a si mesmo pelo trabalho. Tal p<strong>os</strong>tura traz<br />

para a geografia a necessidade de compreensão do movimento das coisas<br />

e das coisas em movimento, o que leva ao entendimento das contradições<br />

e permite orientar o pensamento para a ação, bem como para pensar para<br />

a transformação da sociedade. (p. 160).<br />

Os estud<strong>os</strong> de geografia <strong>urbana</strong>, tendo em vista a complexidade das<br />

cidades, especialmente das grandes metrópoles, tornam-se cada vez mais<br />

necessári<strong>os</strong>, sobretudo aqueles que indiquem caminh<strong>os</strong> e busquem<br />

alternativas para <strong>os</strong> process<strong>os</strong> de transformações que estão em curso na<br />

sociedade contemporânea. Numer<strong>os</strong><strong>os</strong> são <strong>os</strong> trabalh<strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> no<br />

Brasil para compreender a citada temática, no que diz respeito ao<br />

processo de urbanização-industrialização, ao papel do Estado e à<br />

distribuição de renda, a questão fundiária, ao crescimento urbano e à<br />

metropolização, à expansão de periferias e implantação de serviç<strong>os</strong><br />

essenciais e equipament<strong>os</strong> coletiv<strong>os</strong>, à qualidade de vida, entre outr<strong>os</strong>. (p.<br />

145)<br />

Dessa forma, buscam<strong>os</strong> analisar as contradições que permeiam o objeto de análise<br />

da n<strong>os</strong>sa pesquisa, levando-se em consideração a ação e a transformação da cidade e da<br />

sociedade a que se refere a autora, no contexto da <strong>centralidade</strong> e d<strong>os</strong> nov<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> de<br />

consumo, mediante as estratégias de atuação d<strong>os</strong> comerciantes informais.<br />

Nesse parâmetro, as atividades do <strong>comércio</strong> <strong>informal</strong> necessitam estar alocadas nas<br />

áreas com maior intensidade de flux<strong>os</strong> (veícul<strong>os</strong> e pessoas). Por outro lado, é importante<br />

destacar que as mercadorias e serviç<strong>os</strong>, como <strong>os</strong> realizad<strong>os</strong> porta a porta, também<br />

contribuem de forma significativa para a sobrevivência de várias pessoas de um modo<br />

geral, apesar das inconveniências tributárias e espaciais, ocasionadas pelo fato de que tais<br />

atividades não se encontram regulamentadas, como também <strong>os</strong> constantes conflit<strong>os</strong> entre <strong>os</strong><br />

lojistas que se acham no direito de não permitirem que esses trabalhadores fiquem exp<strong>os</strong>t<strong>os</strong><br />

na frente de seus estabeleciment<strong>os</strong> comerciais. Isto pode ser observado pela presença d<strong>os</strong><br />

camelôs e ambulantes com suas barracas instaladas em alguns pont<strong>os</strong> centrais da cidade, o<br />

que n<strong>os</strong> remete pensar nas novas formas de comercialização e estratégias locacionais diante<br />

da (re)produção do espaço urbano em cidades de médio porte.<br />

Se o mercado <strong>informal</strong> se desdobra na cidade não é p<strong>os</strong>sível desenvolver uma<br />

análise sem destacar a ligação dessas novas formas comerciais com as atividades formais<br />

expressas pela (re)produção do capital, visto que na atual conjuntura econômica, as relações

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