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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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A economia do Brasil, em 1993, vivia uma crise econômica, política e<br />

social. No campo econômico, alguns d<strong>os</strong> sintomas da crise eram:<br />

crescimento de apenas 3% da renda média “per capita” n<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 80,<br />

contra um crescimento de 76% na década de 70; inflação desenfreada,<br />

transferência e concentração de renda em benefício d<strong>os</strong> banqueir<strong>os</strong>, das<br />

grandes empresas e d<strong>os</strong> especuladores em geral; baixo índice de<br />

investiment<strong>os</strong> nas atividades produtivas insuficientes para expandir a<br />

produção, aumentar o número de empreg<strong>os</strong> e proporcionar melhorias<br />

salariais; a maioria da população economicamente ativa não estava<br />

qualificada para o trabalho, comprometendo o seu desempenho como<br />

profissionais e como cidadã<strong>os</strong>. Havia, portanto, um elevado nível de<br />

desemprego, em grande parte disfarçado no subemprego e na economia<br />

<strong>informal</strong>, numer<strong>os</strong><strong>os</strong> contingentes de miseráveis - desp<strong>os</strong>ad<strong>os</strong> e<br />

absolutamente marginalizad<strong>os</strong> da vida brasileira. (COSTA, 2003, p. 139)<br />

Tomando essa avaliação como ponto de partida para entender a questão do<br />

desemprego, não podem<strong>os</strong> desconsiderar que o subemprego e a economia <strong>informal</strong> são<br />

estratégias lançadas para combater o problema, mesmo havendo a precarização das<br />

condições de trabalho, já que:<br />

Estas e outras características se inserem no interior de um modelo<br />

econômico capitalista altamente monopolista e oligopolista em que,<br />

men<strong>os</strong> de 300 grandes grup<strong>os</strong> econômic<strong>os</strong> nacionais e multinacionais têm<br />

o poder de comandar a economia do país, através do controle de seus<br />

setores básic<strong>os</strong>, discriminando e subordinando a pequena e média<br />

empresa, geralmente relegada para a periferia do processo produtivo.<br />

(COSTA, 2003, p. 140)<br />

A discriminação e a subordinação aqui elencadas podem ser associadas à idéia de<br />

Carl<strong>os</strong> (2002) sobre um espaço que é dominado e controlado pelas grandes empresas e que<br />

reforçam a exclusão do sistema, pois:<br />

Quase sempre <strong>os</strong> que têm trabalhado, e nas atividades mais duras, têm<br />

sido também <strong>os</strong> que tem recebido a menor parcela da riqueza produzida<br />

igualmente, nunca fez parte das prioridades nacionais a ampliação e<br />

eficiência d<strong>os</strong> serviç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> na área social, uma forma indireta de<br />

remuneração para a classe trabalhadora. Assim, o Brasil chega o final do<br />

século XX e início do século XXI, situado entre <strong>os</strong> países de renda mais<br />

mal distribuídas do mundo, apesar do seu potencial econômico. (COSTA,<br />

2003, p. 140)<br />

Malaguti (2000) destaca que muitas vezes foi dado um tratamento prioritário à<br />

constituição da pequena empresa e isto permitiu que muitas agissem em determinad<strong>os</strong>

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