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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Mas não engana sempre, como revelam <strong>os</strong> assassíni<strong>os</strong> de adolescentes<br />

por adolescentes para o roubo de tênis de grife. Pertencem a conjunt<strong>os</strong><br />

sociais heterogêne<strong>os</strong>, isto é, que não são uma classe só, reciprocamente<br />

excludentes. (p. 36).<br />

Não podem<strong>os</strong> pensar que a sociedade capitalista produz classes sociais homogêneas,<br />

já que a problemática está na complexidade do fenômeno e, portanto, na rede que comanda<br />

a camelotagem e a pirataria. Por outro lado, segundo as idéias de Ortigoza (2001):<br />

Como o nível de desemprego atinge taxas bastante altas, as pessoas<br />

procuram diversas maneiras de sobrevivência e trocam o emprego por<br />

trabalho. Nesse caso, tem<strong>os</strong> no centro de São Paulo muitas pessoas<br />

vendendo lanches, salgad<strong>os</strong> e outras iguarias, a preço baixo. É o que<br />

denominam<strong>os</strong> de <strong>comércio</strong> de rua. (p. 41).<br />

A partir disso poderíam<strong>os</strong> incluir as estratégias de construção de camelódrom<strong>os</strong> para<br />

retirá-l<strong>os</strong> do centro, uma vez que representam atuações que são contraditórias a<strong>os</strong> interesses<br />

d<strong>os</strong> poderes público e privado, que se beneficiam das ações realizadas na cidade de um<br />

modo geral. Mesmo havendo uma tendência à popularização do <strong>comércio</strong> com relação a<strong>os</strong><br />

preç<strong>os</strong> baix<strong>os</strong> das mercadorias no centro e mediante a presença d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes,<br />

destacam<strong>os</strong> que não é somente a população de baixa renda que consome <strong>os</strong> produt<strong>os</strong><br />

comercializad<strong>os</strong> pel<strong>os</strong> mesm<strong>os</strong>, há uma busca de mercadorias por parte também d<strong>os</strong> que<br />

pertencem às classes mais abastadas, justificando <strong>os</strong> nov<strong>os</strong> us<strong>os</strong> do espaço a partir da esfera<br />

do consumo. Ortigoza (2001), ainda, afirma que:<br />

O número de consumidores que diariamente se utilizam desse tipo de<br />

<strong>comércio</strong> (<strong>informal</strong>) é muito grande, o que acaba dando margem para que<br />

ele se reproduza, sobreviva e resista ao policiamento e à legislação que<br />

proíbe seu funcionamento naquele espaço. ( p. 49).<br />

Conforme <strong>os</strong> apontament<strong>os</strong> elencad<strong>os</strong>, podem<strong>os</strong> avançar n<strong>os</strong>sa discussão<br />

concordando com a autora sobre o crescente número de consumidores que buscam as<br />

mercadorias comercializadas por esse segmento da sociedade, contribuindo para fomentar a<br />

(re)produção d<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong>, como também sua própria reprodução, sobrevivendo e resistindo<br />

a<strong>os</strong> impasses colocad<strong>os</strong> sobre a existência e a condição dessa categoria. Ainda, de acordo<br />

com Ortigoza (2001):

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