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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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economia que busca alternativas mesmo que marginais para sobrevivência no sistema<br />

capitalista. Dessa maneira:<br />

No que diz respeito ao mundo do trabalho, as resp<strong>os</strong>tas são complexas e<br />

envolvem múltiplas processualidades, que aqui somente podem<strong>os</strong><br />

indicar, de modo a tentar configurar um esboço explicativo para a crise<br />

que assola a classe trabalhadora (nela incluindo o proletariado) e em<br />

particular o movimento sindical. É visível a redução do operariado fabril,<br />

industrial, gerado pela grande indústria comandada pelo binômio<br />

taylorismo-fordismo, especialmente n<strong>os</strong> países capitalistas avançad<strong>os</strong>.<br />

Porém, paralelamente a este processo, verifica-se uma crescente<br />

subproletarização do trabalho, através da incorporação do trabalho<br />

precário, temporário, parcial etc. A presença imigrante no Primeiro<br />

Mundo cobre fatias dessa subproletarização. (ANTUNES, 2000, p. 151)<br />

Gonçalves aponta o seguinte sobre o assunto relacionado a<strong>os</strong> ambulantes e camelôs<br />

diante dessa proliferação crescente e que se acentua entre as cidades de um modo geral,<br />

com enfoque para <strong>os</strong> índices de desemprego, que por sua vez também são crescentes n<strong>os</strong><br />

centro urban<strong>os</strong>.<br />

A atividade econômica <strong>informal</strong>, sobretudo, a da comercialização de<br />

mercadorias industrializadas, importadas, contrabandeadas ou não,<br />

realizada em barracas fixas geralmente nas áreas centrais das cidades,<br />

caracterizada como ramo de trabalho do camelô, e que há algumas<br />

décadas atrás esteve presente com mais ênfase n<strong>os</strong> grandes centr<strong>os</strong><br />

urban<strong>os</strong>, hoje apresenta-se em franca expansão nas cidades de médio e<br />

até mesmo de pequeno porte, crescendo conjuntamente com a crise<br />

econômica e social pela qual passa o Brasil, com aumento da miséria e da<br />

pobreza, que tem como agravante <strong>os</strong> alt<strong>os</strong> índices de desemprego que,<br />

como a maioria da população brasileira, concentra-se nas cidades.<br />

(GONÇALVES, 2000, p. 143)<br />

Isto n<strong>os</strong> leva a pensar que tais atividades são importantes no cotidiano de acordo<br />

como são concebidas e praticadas, ou seja, as funções desenvolvidas pel<strong>os</strong> engraxates,<br />

pelas empregadas domésticas, as c<strong>os</strong>tureiras, as doceiras e outras, acabam sendo realizadas<br />

por pessoas de forma simplificada, se comparada a<strong>os</strong> demais, pois <strong>os</strong> grandes empresári<strong>os</strong><br />

se encarregam de outras atividades que não são as realizadas pel<strong>os</strong> trabalhadores simples, o<br />

que justifica a existência d<strong>os</strong> dois circuit<strong>os</strong> econômic<strong>os</strong> que apresentam uma interligação no<br />

processo de constituição de uma sociedade capitalista.<br />

A análise de Sant<strong>os</strong> (1987) está pautada no fato de que:

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