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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Quando n<strong>os</strong> apropriam<strong>os</strong> de um espaço, não como propriedade privada,<br />

mas como lugar onde se realiza o uso, reconhecem<strong>os</strong> a importância social<br />

daquele local, não só o eu individual, mas o todo, ou o coletivo, e<br />

enquanto espaço socialmente reconhecido como o “lugar de tod<strong>os</strong>”. A<br />

apropriação do espaço social, dessa forma o individualiza por seu uso, ao<br />

mesmo tempo de tod<strong>os</strong> e único, um lugar muito próprio, diferente de<br />

outr<strong>os</strong>, de modo quase que individual. Ele passa a ser desse modo ímpar,<br />

mas não propriedade particular, privada, continuando a ter como<br />

característica seu uso, ao mesmo tempo de tod<strong>os</strong> e exclusivo. É o que<br />

acontece quando estam<strong>os</strong>, por exemplo, n<strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong>, nas ruas,<br />

junto à multidão. Fazem<strong>os</strong> parte de uma massa heterogênea, mas que se<br />

torna homogênea quando ligada a um interesse comum. (p.7).<br />

De acordo com a interpretação da referida autora, o centro como espaço de trabalho<br />

para o segmento da sociedade que contempla <strong>os</strong> camelôs e ambulantes é o local onde se<br />

realiza o uso do solo simbolizando a forma, a função e a estrutura do ponto de vista das<br />

relações que se reproduzem num conjunto de estratégias que evidenciam a articulação entre<br />

o lugar e as ações nas práticas comerciais e sociais. Assim, tem<strong>os</strong> a apropriação do centro<br />

que não é somente aquela da propriedade privada do solo, mas também aquela existente nas<br />

diversas maneiras de se “estar na área central”, isto é, vivenciam<strong>os</strong> formas diferenciadas de<br />

uso do centro, seja através do consumo ou mesmo pela passagem, caracterizando o que<br />

Alves (1999) apontou como sendo uma área de uso exclusivo e de tod<strong>os</strong>, uma vez o que<br />

chamou de “massa heterogênea” estar ligado a<strong>os</strong> interesses particulares de cada indivíduo<br />

que circula no centro, através da unicidade que o lugar adquire, apresentando também<br />

interesses homogêne<strong>os</strong> que podem ser associad<strong>os</strong> a<strong>os</strong> simples fato de convergirem para o<br />

centro. Pintaudi (2001) destaca que vivem<strong>os</strong> a crise da cidade assegurando que:<br />

O espaço social se realizaria plenamente enquanto apropriação do espaço<br />

e do tempo e hoje inúmeras alienações obstruem essa apropriação. Se o<br />

sentido da história coloca como p<strong>os</strong>sibilidade esta apropriação do espaço,<br />

um pensamento sobre esta p<strong>os</strong>sibilidade deve reconhecer e decifrar não<br />

somente a crise na cidade, mas a crise da cidade: o movimento de<br />

produção e reprodução de centro(s) e periferia(s), com a extensão do<br />

fenômeno urbano em term<strong>os</strong> crític<strong>os</strong>. (p. 129).<br />

Embora a visão de Vieira (2002) aponte para o seguinte:<br />

É necessário analisar as relações existentes entre o <strong>comércio</strong> (forma e<br />

estrutura de distribuição, técnicas de venda, localização e hábit<strong>os</strong> de<br />

consumo, por exemplo), e o espaço produzido para a realização desta

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