13.04.2013 Views

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Considerando-se isto, podem<strong>os</strong> concluir, também, que todas as mudanças pelas<br />

quais passaram e passam as cidades refletem a própria especialização funcional e a divisão<br />

social e territorial do trabalho num processo que representa as relações produtivas no<br />

contexto da estrutura <strong>urbana</strong>. Essas informações e discurs<strong>os</strong> arrolad<strong>os</strong> até o momento foram<br />

elaborad<strong>os</strong> para que tivéssem<strong>os</strong> um apoio teórico-metodológico a respeito da origem e<br />

desenvolvimento das cidades mesmo que de forma sintética, passando pelas idéias de<br />

alguns autores que analisam a questão <strong>urbana</strong>, mas que são fundamentais para resgatarm<strong>os</strong><br />

historicamente a idéia da sua formação, num movimento que representa relações complexas<br />

entre as correntes teóricas num embate que não se esgota nesse momento.<br />

Contudo, foi com base em divers<strong>os</strong> autores que buscam<strong>os</strong> uma discussão a respeito<br />

da constituição do centro das cidades, cujo espaço acaba sendo o produto das relações<br />

cotidianas numa tentativa de se compreender o sentido da apropriação e as características<br />

da <strong>centralidade</strong> <strong>urbana</strong>.<br />

Com relação ao centro propriamente dito das cidades podem<strong>os</strong> considerar que ele<br />

tem sua origem a partir do desenvolvimento de um conjunto de formas e funções que<br />

caracterizam sua própria existência, “será um conjunto vivo de instituições sociais e de<br />

cruzamento de flux<strong>os</strong> de uma cidade real” (VILLAÇA, 2001, p. 238). Pintaudi (1989)<br />

considera que o ser humano e a realização das trocas fazem parte de um processo que<br />

evidencia as relações sociais. Tal situação, como explica a autora, é um processo que não<br />

pode ser considerado recente, ou seja,<br />

E pr<strong>os</strong>segue dizendo:<br />

Na Antigüidade o <strong>comércio</strong> permitiu acumular riquezas e deixou suas<br />

marcas no espaço urbano. Os fori imperiais construíd<strong>os</strong> em Roma não se<br />

constituem apenas em locais públic<strong>os</strong> onde <strong>os</strong> imperadores edificavam<br />

templ<strong>os</strong>, monument<strong>os</strong>, edifíci<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> e praças, mas também eram<br />

locais onde se trocavam produt<strong>os</strong>. (PINTAUDI, 1989, p. 3).<br />

Apesar de ter sofrido uma grande redução, o <strong>comércio</strong> não desapareceu<br />

durante toda a Idade Média, voltando a se expandir a partir do século X<br />

e, segundo Lopez (1975, p. 110) se tornou “entre o século X e XIV o<br />

setor mais dinâmico da economia em um número crescente de regiões, e<br />

<strong>os</strong> mercadores foram <strong>os</strong> principais promotores desta transformação”. O<br />

mesmo autor reconhece que as relações comerciais não se difundiram de<br />

modo igualitário por todas as regiões e aponta hebreus e italian<strong>os</strong> como

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!