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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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Alguns autores estão atualmente começando a defender o “consumismo”,<br />

argumentando que as pessoas não tolerarão mais que lhes seja negado<br />

aquilo que, a seu ver, é o próprio símbolo da promoção social. Assim,<br />

para conquistá-las deve-se dar-lhes acesso a<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> de consumo<br />

básico. No entanto, há certa recusa em definir quais são as mercadorias<br />

básicas e quais não são. (p. 71).<br />

Realmente, não podem<strong>os</strong> definir o que é básico no sentido das mercadorias, pois o<br />

que tem<strong>os</strong> são produt<strong>os</strong> comercializad<strong>os</strong> generalizadamente de acordo com <strong>os</strong> ansei<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

consumidores, pois o que difere um consumidor rico do pobre é o tipo e a marca daquilo<br />

que se pretende comprar, visto que aqueles que não podem adquirir <strong>os</strong> melhores artig<strong>os</strong>, o<br />

fazem mesmo que seja com produt<strong>os</strong> que imitam <strong>os</strong> de primeira linha, ou seja, no território<br />

das mercadorias o que importa é o consumo, mas não significa uma forma de igualitarismo,<br />

pois as divergências se concretizam no comportamento d<strong>os</strong> consumidores potenciais.<br />

Destacam<strong>os</strong> tais apontament<strong>os</strong> sobre a cidade, o <strong>comércio</strong> e o consumo, além d<strong>os</strong><br />

element<strong>os</strong> que a compõem a organização das atividades ditas “informais” 1 e as estratégias<br />

de localização destas como parte do processo de formação e consolidação da <strong>centralidade</strong><br />

<strong>urbana</strong>, pois a compreensão destes orienta e sustenta a produção do espaço urbano,<br />

passando necessariamente pela análise da intensificação da divisão do trabalho,<br />

concentração econômica, aglomeração de mão-de-obra e ampliação d<strong>os</strong> consumidores nas<br />

cidades. Uma vez que as atividades se desenvolvem, as relações sociais se concretizam e se<br />

diversificam mediante as próprias práticas exercidas por seus integrantes, ou seja, a cidade,<br />

de acordo com Sant<strong>os</strong> (1996):<br />

[...] é objeto de um processo incessante de transformações que atingem<br />

aquelas áreas necessárias à realização das atividades modernas de<br />

produção e de circulação. Os nov<strong>os</strong> objet<strong>os</strong> surgem para atender a<br />

reclames precis<strong>os</strong> da produção material ou imaterial, criando espaç<strong>os</strong><br />

exclusiv<strong>os</strong> de certas funções. À cidade como um todo, teatro da<br />

existência de tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> moradores, superpõe- se essa nova cidade moderna<br />

seletiva, cidade técnico-científica-informacional, cheia das<br />

intencionalidades do novo modo de produzir, criada na superfície e no<br />

subsolo, n<strong>os</strong> objet<strong>os</strong> visíveis e nas infra-estruturas, ao sabor das<br />

exigências sempre renovadas da ciência e da tecnologia. (1996, p. 76)<br />

1 Consideram<strong>os</strong> aqui como atividades ligadas à <strong>informal</strong>idade aquelas que não estão regulamentadas pelo<br />

poder público, como também aquelas realizadas “por conta própria”, uma vez que inserim<strong>os</strong> neste contexto as<br />

atividades comerciais e de serviç<strong>os</strong> instaladas nas ruas, avenidas e praças.

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