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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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urbanisticamente com a intenção de serem públic<strong>os</strong>, no centro da cidade,<br />

do <strong>comércio</strong> varejista, repartições públicas, estabeleciment<strong>os</strong> de crédito,<br />

e a p<strong>os</strong>sibilidade da tentativa do exercício da cidadania no lugar de tod<strong>os</strong>,<br />

faz com que as pessoas criem uma idéia do centro como a imagem da<br />

cidade enquanto um espaço de liberdade e das p<strong>os</strong>sibilidades. (ALVES,<br />

1999, 66-7).<br />

Se <strong>os</strong> espaç<strong>os</strong> públic<strong>os</strong> fazem parte das estratégias do capital e de sua reprodução,<br />

isto quer dizer que o lugar das p<strong>os</strong>sibilidades se viabiliza por intermédio das atividades que<br />

fomentam o consumo e o lucro. No entanto, quando <strong>os</strong> camelôs e ambulantes se apropriam<br />

de um espaço público, na atual circunstância em que é uma incógnita definir o que é o<br />

“<strong>informal</strong>”, entendem<strong>os</strong> que esse espaço se encontra disponível às práticas capitalistas de<br />

circulação e consumo d<strong>os</strong> produt<strong>os</strong> e serviç<strong>os</strong>. O próprio sentido da aglomeração de formas<br />

comerciais e funções permite ao indivíduo criar uma imagem que caracteriza o centro como<br />

o “espaço de tod<strong>os</strong>”. Contudo:<br />

O centro se revela, assim, como lugar da produção e do conflito<br />

permanente. Para melhor entender esse processo, faz-se necessário<br />

analisar as ações que se realizam nesse espaço, e que são concebidas<br />

como estratégias, principalmente pelo Estado e pel<strong>os</strong> grup<strong>os</strong> detentores<br />

de poder econômico, para que, depois p<strong>os</strong>sam<strong>os</strong> apresentar as formas de<br />

luta e tentativas de apropriação desse espaço pel<strong>os</strong> habitantes de n<strong>os</strong>sa<br />

cidade, que, muitas vezes, acontecem sem que necessariamente se<br />

concebam enquanto uma estratégia consciente de luta. (ALVES, 1999, p.<br />

67).<br />

As tentativas de retirada d<strong>os</strong> comerciantes informais do centro das cidades fazem<br />

parte das ações realizadas no espaço de acordo com <strong>os</strong> interesses d<strong>os</strong> grup<strong>os</strong> que detém o<br />

poder econômico, reformulando as estratégias de atração da própria área central em virtude<br />

do processo de centralização das formas e funções, como destaca Alves (1999) quando<br />

afirma que:<br />

O centro tradicional passa a ter uma alta densidade populacional durante<br />

o dia, resultado do fluxo de pessoas que circulam pelo centro, seja a<br />

trabalho, para consumo nas lojas e/ou marreteir<strong>os</strong>, para encontr<strong>os</strong>, para<br />

satisfação de necessidades e resolução de problemas ligad<strong>os</strong> ao setor<br />

público. Á noite, o centro fica praticamente “vazio”. O número de<br />

empresas que funcionam nesse período é pequeno. Quanto a<strong>os</strong><br />

moradores, pessoas que residem na área central, alguns vivem em

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