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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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atividades não promovem a geração de renda e, por isso, são analisadas sob o prisma da<br />

desigualdade que se instaura entre aqueles que estão no mercado formal e <strong>os</strong> que se<br />

encontram no <strong>informal</strong>, levando-se em consideração o panorama do rendimento médio, que<br />

é tido como baixo, se comparado a<strong>os</strong> demais.<br />

Dentro dessa perspectiva, é que apontam<strong>os</strong> as estratégias de revalorização da área<br />

central que vêm ocorrendo nas grandes cidades, uma vez que há interesses convergentes<br />

entre <strong>os</strong> grandes grup<strong>os</strong> empreendedores para a determinação de um espaço a ser<br />

transformado de acordo com as leis do mercado, pois asseguram que o poder público não<br />

consegue acabar com a proliferação d<strong>os</strong> comerciantes de rua face à sua anomalia. Ramires<br />

(2001), assim, se reporta a tal situação:<br />

Um aspecto muito evidente é a capacidade de apresentar <strong>os</strong> interesses<br />

que movem todo o processo de revalorização, como representando<br />

interesses gerais. É preciso convencer a sociedade a fim de que ela<br />

legitime ou, no mínimo, não crie nenhum obstáculo à concretização d<strong>os</strong><br />

projet<strong>os</strong> concebid<strong>os</strong>. (p. 107).<br />

De acordo com Gonçalves (2000, p. 145), a proliferação e a difusão do <strong>comércio</strong><br />

<strong>informal</strong> pautado na figura d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes “se dá com mais força na década de<br />

90, em plena era Collor, começando a apresentar um crescimento acentuado e<br />

diversificado, ocupando o centro da cidade, as praças públicas e as calçadas”. Entretanto, as<br />

variedades de produt<strong>os</strong> comercializad<strong>os</strong> apontam para a generalização não apenas das<br />

mercadorias, mas da própria condição “ser um camelô ou um vendedor de rua”, isto é, não<br />

foram somente <strong>os</strong> produt<strong>os</strong> que começaram a despontar em grande quantidade, mas<br />

também <strong>os</strong> trabalhadores.<br />

Segundo Martins e Dombrowski (2000), o setor <strong>informal</strong>, desde as primeiras<br />

experiências, pode ser identificado pelo baixo tempo de permanência nesta categoria por<br />

parte d<strong>os</strong> trabalhadores, pois colocam que as incertezas sempre estiveram presentes no que<br />

tange ao agravamento da situação econômica e social, já que não contribuem com a<br />

Previdência Social, sendo este o principal motivo que leva tod<strong>os</strong> a crer que esse setor seja<br />

um problema para a economia <strong>urbana</strong>. Ramires (2001) destaca as idéias da ASSOCIAÇÃO<br />

VIVA O CENTRO, que faz parte das estratégias de revalorização da área central na cidade<br />

de São Paulo e avalia o seguinte:

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