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centralidade urbana e comércio informal: os novos espaços - Unesp

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govern<strong>os</strong> nacionais e, contraditoriamente às situações precedentes, coma<br />

convergência de intelectuais contratad<strong>os</strong> - ou apenas contratad<strong>os</strong> - para<br />

legitimar essa naturalização. (p. 72).<br />

A discussão enfatizada acima pode ser interpretada no contexto das relações<br />

existentes entre as atividades formais e informais e não numa visão de dualidade em que<br />

surgem separadamente na economia de um modo geral, pois muit<strong>os</strong> trabalhadores que estão<br />

na condição de informais apresentam um perfil que <strong>os</strong> colocam próxim<strong>os</strong> d<strong>os</strong> formais, isto<br />

é muit<strong>os</strong> são don<strong>os</strong> do próprio negócio e p<strong>os</strong>suem empregad<strong>os</strong>, evidenciando o caráter da<br />

relação estabelecida a partir das relações informais entre patrão e empregado, pois <strong>os</strong> lucr<strong>os</strong><br />

acabam sendo maiores dadas as condições d<strong>os</strong> trabalhadores que não trabalham com<br />

carteira assinada. Esta situação também se repete entre as atividades formais, pois muit<strong>os</strong><br />

trabalhadores são informais perante a legislação trabalhista, pois:<br />

Os pobres, isto é, aqueles que são o objeto da dívida social, foram já<br />

incluíd<strong>os</strong> e, depois, marginalizad<strong>os</strong>, e acabam por ser o que hoje são, isto<br />

é, excluíd<strong>os</strong>. Esta exclusão atual, com a produção de dívidas sociais,<br />

obedece a um processo racional, uma racionalidade sem razão, mas que<br />

comanda as ações hegemônicas e arrasta as demais ações. Os excluíd<strong>os</strong><br />

são o fruto dessa racionalidade. Por aí se vê que a questão capital é o<br />

entendimento do n<strong>os</strong>so tempo, sem o qual será imp<strong>os</strong>sível construir o<br />

discurso da libertação. Este, desde que seja simples e veraz, poderá ser a<br />

base intelectual da política. E isso é central no mundo de hoje, um mundo<br />

no qual nada de importante se faz sem discurso. (SANTOS, 2001, p. 74)<br />

Para Martins (1997) tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> apontament<strong>os</strong> sobre a chamada exclusão social são<br />

equivocad<strong>os</strong>, porque:<br />

De certo modo, a palavra exclusão está desmistificando a palavra pobre.<br />

Através deste pseudoconceito, não revelador, que acoberta de algum<br />

modo, o que seria o pobre na fase anterior, nós estam<strong>os</strong> tentando<br />

relativizar a concepção de pobre e estam<strong>os</strong> tentando revelar a n<strong>os</strong>sa<br />

desconfiança em relação à antigamente sup<strong>os</strong>ta abrangência explicativa<br />

das palavras pobre e pobreza. (p. 28).<br />

Esse discurso passa pela análise das questões que apontam a realidade das relações<br />

econômica, até mesmo porque, dentro do nível da <strong>informal</strong>idade há diferenciações que<br />

confirmam as estratégias e a própria dinâmica desse setor, no que diz respeito à<br />

organização d<strong>os</strong> camelôs e ambulantes nas áreas centrais como integrantes do processo de

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